Voçorocas, Atuações no Meio Ambiente de Morro do Ferro


CAPINA QUÍMICA; Proibido pela ANVISA, mas praticada em nosso distrito. Confira http://licenciadorambiental.com.br/sobre-a-capina-quimica-…/

Já manifestei por diversas vezes, no sentido de alertar a população sobre os perigos que estão sendo submetidos, ocasionado pela prefeitura. Sei perfeitamente que a intenção da administração municipal é agilizar e deixar as ruas livre dos matos, mas talvez pagaremos um preço muito alto por expor a população a um perigo invisível.
Nesta foto ao lado da Escola Estadual "São João Batista", vemos o meio fio molhado de produto químico. Um local extremamente frequentado por crianças e adultos. Não sou técnico pra avaliar o perigo que são submetidos, mas vai que cai um objeto neste local, a rodinha da mochila passa nesta área, a criança coloca as mãos e leva à boca, etc.
E os passeios de nossas casas, as flores que recebem respingos ou banho total.
Também levamos em conta os animais, especialmente os cães e gatos que algumas vezes tem o hábito de comer algum capim (dizem que eles comem capim pra melhorar a dor de barriga). Estes e outros mais também podem ser vítimas destas ações.
Ao me posicionar contra este tipo de cuidar de nossa terra, significa que me preocupo com a saúde de todos nós e que a capina pode ser feita empregando a enxada, mesmo que este serviço demore mais tempo, é melhor assim do que contrair uma doença e até mesmo comprometer a saúde pelo resto da vida. Este alerta vale também para os aplicadores deste herbicida.

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Eis uma manifestação (digitada na íntegra) que recebi durante a veiculação da matéria sobre as Voçorocas de Morro do Ferro no Jornal Nacional da TV Globo.
“- 
(0033-99/CE-AME)

Recife, 15 de abril de 1999.
(DIA DA CONSERVAÇÃO DO SOLO)

CARTA ABERTA
AOS
EXCELENTÍSSIMOS SENGHORES

RVMO. PÁROCO DA CIDADE DE MORRO DO FERRO (OLIVEIRA)–MG
PREFIETO DA CIDADE DE MORRO DO FERRO (OLIVEIRA)–MG
PRED. DA CÂMARA DOS VEREADORES DE MORRO DO FERRO (OLIVEIRA)–MG
PROMOTOR DE JUSTIÇA DE MORRO DO FERRO (OLIVEIRA)–MG
GOVERNADOR DR. ITAMAR FRANCO
PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA NAC. DOS BISPOS DO BRASIL
SECRETÁRIO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
DIRETORES DA TV GLOBO DF/MG
INEXITA BARROSO-TV CULTURA – VIOLA MINA VIOLA –

ASSUNTO: PROBLEMAS X SOLUÇÃO
(Matéria jornal Nacional da Tv Globo 10/04/99)

Sempre tenho feito, dito, sugerido e afirmado de que “quanto maior for o problema; mais facilidade e gratificante será a solução; e onde há facilidade não haverá méritos”.
Isto afirma que o único eterno, inabalável é Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo; e ao ver uma alteração desta é nunca lamentar ou desesperar; é colocar Deus Pai, Criador de tudo no coração; Jesus Cristo, Salvador do cérebro; E o Espírito Santo, Animador de Tudo nas mãos e resolver o problema; e até achar e tirar proveito da situação; heis apenas algumas das alternativas:
1) Há aí bem perto a BBM-Big Bag de Minas Ltda., que produz big bag; que são sacos fechados com tampa valvulada, com capacidade de 1000 Kg, em forma cúbica; são confeccionado em produto sintético e dura 116.000 (cento de dezesseis mil anos); custa barato e só encher de terra no próprio local e fazer diques ao longo das fendas e deixar que a própria chuva vai nivelar e parar a erosão (voçoroca).
2) O Pároco da Cidade celebrar Santa Missa Campal onde estiver a catástrofe maior: após a Santa Missa; poderá pedir perdão pela superstição e ofensa aos religiosos; e plantar grama lastradeira nos barrancos das fendas, em forma de multirão festivo.
3) Estes locais é excelente para abacaxi; maracujá, etc.
4) E o melhor é plantar bambú, que além de proteger o solo; e ter as aplicações já conhecidas, é excelente alimento.
Para conhecer o prato; em Belo Horizonte há vários restaurantes Chinês, e peça carne desfiada com broto de bambú; e é excelente para a saúde humana; aqueles frutinhos brancos pode cozinhar e comer como se fosse arroz.
Quem sabe Deus! A cidade ser a primeira a produzir e exportar bambú pré-cozido e congelado ao mundo globalizado?
Finalmente estas poucas fácil e práticas sugestões; acreditamos que o big-bags poderá ser utilizado até pelos donos de terra; que são os mais prejudicados; as Universidades, IBAMA, EMATER, EMBRAPA, SINDICATOS também devem envolver-se com esta e outros desafios da humanidade.
O uso do big-bag é muito mais barato que pedras e mais rápido; como tem válvula na tampa após cheio s apresenta como um cubo de + - 1m³; e colocando em posições adequadas e corretas reterá toda terra e libera as águas não formando lagoas.
Para finalizar anexo uma pré-letra: usando a LENDA DA FENDA; e as rendas ou parte para os trabalhos sociais da Igreja de Cidade. Cordialmente JOSÉ ARNAUT BRICO-AMEDEUS

“A LENDA DA FENDA”


DIZ UMA LENDA LÁ PRÁ BANDA DE MORRO DO FERRO,
QUE UM PADRE FURIOSO AOS PRANTOS E BERRO;
A CIDADE PÔS AMALDIÇOAR;
E QUE O PADRE IRIA NOS CONDENAR      (BIS)

ORA MEU DEUS ISSO É UMA SUPRTIÇÃO,
O SANTO PADRE QUER É A NOSSA SALVAÇÃO;
SE CRISTO VEIO SÓ PARA PERDOAR;
POR QUE O PADRE IRIA NOS CONDENAR (BIS)

E TAMBÉM NÃO É CASTIGO DA HUMANIDADE,
SÃO FRUTOS DA NOSSA BRUTALIDADE;
E POR IGNORÂNCIA E FALTA DE FÉ;
ACABAMOS FOI A VIDA DO POBRE MASSAPÉ  (BIS)

E ASSIM PEDIMOS PAZ E O PERDÃO;
AO SANTO PADRE BÃO;
E ASSIM EXPLICA A LENDA BURRA;
QUE A CIDADE ACABARIA NUMA FENDA BRUTA    (BIS)



ESTILO: TOADA/BALADA
ARRANJOS/INTRUMENTOS: VIOLINH CAIPIRA, VIOLÃO E CHOCALHO
DIREITOS AUTORAIS: COMUNIDADE MORRO DO FERRO, PARCIAL OU TOTAL.
LIVRE PARA GRAVAÇÃO E AUTORIA: XAVATE E XAVANTINHO, INEZITA BARROSO, JAIR RODRIGUES E NILTON NASCIMENTO OU DUPLA TÍPICAS SEM FAZENDAS E AVIÕES. NÃO AUTORIZADO PARA FALSOS CAIPIRAS DO ASFALTO; ou VENDEDORES DE FIVELÕES, BOTAS E CHAPELÕES HORRÍVEIS.


Caro Ildeano; Desejamos um feliz Natal e prospero ano novo.
Sugerimos nova idéia para as voçorocas. Seria encravar ver folhetos e afunilar pneus velhos e forrar com lona plástica que fica inda mais barato e une o útil ao agradável que seria dar destino aos incômodos pneus velhos.
Cordialmente José Arnaut Brinco Amedeus 25/5/99

-”

Mistérios que nós desconhecemos




A população repousa tranquilamente à beira dos abismos.

Vídeo Coletânea








VOÇOROCAS DE MORRO DO FERRO - DO PROBLEMA À SOLUÇÃO, SEGURANÇA E RENDA, ATRAVÉS DO TURISMO EM SEU INTERIOR.


VAMOS SONHAR JUNTOS! Só quem sonha em coletividade pode tornar realidade.
Que tal transforma esse grave problema para nossa comunidade, em nosso "INHOTIM",
pois o Inhotim, um fabuloso parque artificial era uma área totalmente erodida pela extração de minério. Voltemos então em uma de nossas voçorocas, a que nos amedronta, a maior, 26 hectares.
Poderíamos, paralelo à sua estabilização, construir: calçadas, topogan, tirolesa, área de alpinismo, trilhas: até seu interior, percorrer os labirintos do que restou, ver instalações, fontes, monumentos, área de lazer, etc. Transformar em um parque onde aproveitamos o que é nosso GRAVE PROBLEMA em geração de emprego e renda, além de oferecer segurança à nossa terra. Os turistas (estudantes, técnicos, curiosos, etc.) poderiam aprender, conhecer, visualizar Morro do Ferro de baixo para cima. Vender lembranças e uma delas: uma garrafa transparente (reciclando) com mensagem ambiental e a principal: Morro do Ferro - aqui tinha terra.
É possível SIM, transformar esse "louco" sonho em realidade, basta apenas vocês acreditarem, compartilhar, acrescentar algo mais, chamar nossos vereadores e o futuro prefeito. Pronto, conseguindo adesão da sociedade e de nossos representantes, é só fazer um bom projeto, buscar parcerias, recursos e assim estabilizaremos as encostas e transformaremos em fonte de renda, de beleza que era assustadora para uma beleza contagiante, positiva, que ensina, que instrui, que engrandece nosso comunidade batistana.
Aguardo o posicionamento de todos amigos dessa terra!!!

Dois gigantes prestes a se encontra.






Frutal/MG.


A professora Cássia Augusta Santos fez greve de fome, desde às 13 de segunda feira (dia 03/12/2012) até a tarde de sexta feira, totalizando 100 horas sem se alimentar. Ela instalou-se na rua onde localiza a Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Fórum da cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. O protesto é por causa de uma voçoroca, com mais de 20 metros de profundidade e 80 metros de extensão, que está a 18 metros da casa dela. “Aqui está mais seguro do que na minha casa e vou ficar até a hora que tiver uma posição sobre o problema”, ressaltou ainda que: “As pessoas ficam na janelinha olhando, passam por aqui e viram a cara para o outro lado e falam que estou querendo aparecer e ser oportunista, mas quem conhece a situação da voçoroca sabe que não é verdade”.
Segundo Cássia, essa foi a única maneira que ela encontrou para chamar a atenção das autoridades.
De acordo com ela, na terça-feira (dia 4), o defensor público entrou com um pedido de segurança. “Só a Justiça se pronunciou até agora. Um promotor, um juiz e dois defensores públicos me procuraram e estão dando todo o apoio. Um defensor público entrou com pedido de segurança e, assim, vou ficar mais tranquila porque eu não estou”, disse. “Eu quero que a voçoroca seja arrumada e o problema solucionado, porque ela não atinge só a mim, tem mais um tanto de gente que mora próximo e também está nesta situação. Estou representando esse povo, que por medo acaba não tendo coragem de reivindicar”.
Ela não está trabalhando durante esses dias, os amigos se revezam para fazer companhia a ela, que passou, inclusive, a noite no local. “Enquanto eu ficar aqui cada dia vem alguém. Os meus alunos vêm toda hora e a população em geral também. Alguns me parabenizam, tem gente que quer tirar foto e outros me chamam de doida”, confessou.


“O nome lembra força, mas Morro do Ferro está desmoronando...”.
Adriana Araujo – Repórter da Rede Globo, Jornal Nacional, 16/04/1999.


Um Distrito, uma Ilha.

O distrito de Morro do Ferro pertence o município de Oliveira/MG., é um dos mais velhos distritos do Brasil (169 anos). Localizado no Centro Oeste do Estado de Minas, na Mesorregião Campos das Vertentes, entre as bacias hidrográficas do Rio São Francisco e do Rio Grande. Situa-se a 35 km de sua sede, Oliveira, e 150 km da capital mineira. Distante de 25 km da BR – 381, nas margens da BR – 494 que liga Brasília/Rio de Janeiro. É um pequeno lugar, habitado por 2300 habitantes aproximadamente, destes, 1100 são do perímetro urbano com 480 moradias, Embrenhado sob o cume de terras que está sendo corroída lentamente pela praga das voçorocas, na verdade estamos situados numa “ilha” em constante redução, corroendo os quintais das mais de 45 propriedades limitam.

Este local é sem dúvida, berço do maior processo de voçorocamento do país, está situado na faixa compreendida entre os municípios mineiros de Ritápolis até Formiga, trecho este de terras propícias a desmoronamentos, mas é aqui que este problema se acentua com maior gravidade. Por isso a área habitada é rodeada por voçorocas de grandes dimensões, algumas atingem 1.000 m de extensão, 600 m de largura e 40 m de profundidade. As voçorocas se estendem por toda parte e já detonou mais de 150 hectares de terra, somente nas proximidades do perímetro urbano, produzindo uma imagem desoladora. Uma dessas voçorocas já destruiu 26 hectares de terras e assim toma vultuosa dimensão, se comparada com os 20 hectares do perímetro residencial. Na zona rural o cenário de degradação também é evidente. A ausência de fiscalização, má utilização do solo através da agropecuária, queimadas e o desmatamento produz uma paisagem comprometedora.

Na verdade, estamos situados no centro de uma ampulheta, onde o pequeno orifício permite a passagem de cada grão, restringindo nosso espaço territorial. São nossas voçorocas, que comprometem uma vasta região, devido o lançamento silencioso de grande volume de terra, atingindo os afluentes dos rios que compõe as principais bacias hidrográficas do sudeste brasileiro (São Francisco e Rio Grande).

As causas do início do processo são de fácil análise. Como Morro do Ferro foi ponto de parada de tropeiros e garimpeiros na época do ouro, na rota conhecida como “Picada de Goiás”, por onde passavam cavaleiros, boiadas e carros de boi que pisoteavam o chão em pontos contínuos até formar profundas cavas e daí surgiram as voçorocas. Outro fato também evidenciado são as antigas valas cavados pelos camponeses a fim de delimitar divisas de suas fazendas.
Há séculos nosso povo convive pacificamente com estas voçorocas, e pode-se dizer que oficialmente, anterior a 1996, nenhuma obra pública ou privada foi realizada no sentido de conter os processos erosivos de Morro do Ferro, mas, ao ver suas estradas rurais sendo destruídas, algumas pessoas tomaram iniciativas isoladas e incipientes para amenizar um pouco esta situação e proteger o acesso ao seu patrimônio e também moradias, juntamente com seus quintais, começaram então com o plantio aleatório de bambu japonês (Phyllostachys áurea), bambu comum (Bambusa sp), piteiras e outros arbustos. Graças a essas mãos anônimas, que se juntaram em épocas distintas, Morro do Ferro ainda persiste. Mas isto é muito pouco diante do grave problema que nos rondam.

Além desses fatores, pode-se deduzir também que o processo se iniciou com a forma desordenada da exploração do precioso mineral, ouro, garimpado em volta dos pequenos riachos existentes, pois a grande maioria das voçorocas do Distrito está presente perto de pequenos cursos d’água.

Como se não bastassem essas feridas, herdamos também erosões causadas pela extração de cascalho em três serras (Geraldo Vargas, José Maria e Capelinha). Os materiais extraídos nessas serras foram utilizado para pavimentação de rodovias (BR 381 e 494). A Serra da Capelinha, localizada em frente a área habitada é a que mais nos preocupa, pois suas valas está comprometendo o Córrego São João. Exploraram nosso solo e nos deixaram enormes feridas que estão destruindo nosso verde e nossas águas, além de comprometer os dois templos religiosos ali situados (Capela de Nossa Senhora de Lourdes e Gruta de São João). Isto começou a partir de 1960 e agora compromete drasticamente o córrego (São João) que banha a área urbana e também recebe todo esgoto bruto, que é despejado pelo órgão municipal (SAAE). Em junho de 2001, entramos na justiça para tentar fazer com que os responsáveis (DENIT) concertem o grave erro que cometeram nesses locais e a resposta do judiciário é que o crime prescreveu, pois já se passaram mais de 20 anos. Na tentativa de solucionar esse problema, estamos em contato com a AMDA (Associação Mineira de Defesa do Ambiente) e no Ministério Público de Belo Horizonte. Não podemos aceitar que o Estado e o País, agridem nosso solo em prol do progresso.
Juntamente com a exploração desordenada, outros fatores contribuem para o aumento das
FotoSaulo/11/01/12 - Lixo

 erosões; tais como: o tipo de solo, pressão da chuva e a devastação da cobertura vegetal.
Estudos realizados em 1997 nos informam que o solo daqui “é classificado como Latossolos e Cambissolos, pobres em nutrientes e sua vegetação do tipo cerrado nas áreas de Latossolos e campos cerrados nas áreas de Cambissolos, apresentando extrato herbáceo e vegetação rala no final da estação seca. Por estes e outros fatores e a intervenção humana, o processo erosivo ainda evolui silenciosamente. O processo de voçorocamento esta ativo até hoje, com o contínuo mal uso do solo, estradas sem projetos, lixo que é jogado nas encostas e nos cursos d’água, além do preparo das terras agrícolas sem nenhum acompanhamento técnico”.
“Os prejuízos indiretos estão associados à população como um todo (2.356 habitantes, IBGE, 2000), pelo assoreamento de cursos de água, que pode comprometer o abastecimento de água, o potencial energético das Bacias do Rio Pará e Rio Grande e a qualidade das águas. As nascentes estão afetadas pelas erosões que circulam a área urbana do distrito são tributárias do Rio Pará e entre os kms 10 (povoado da Lavrinha) a 18 km (povoado do Ouro Fino). Nesses pontos, a existência das erosões de grande porte assoreia as nascentes do Rio Grande. Além disso, provoca prejuízos a fauna e flora aquática. As voçorocas ameaçam ainda obras viárias e construções adjacentes, coloca em risco a vida dos animais e expõe ao perigo das vidas humanas. A disposição de lixo, comumente feito em voçorocas, dificulta sua estabilização, causa a contaminação do lençol freático, provocando uma maior incidência de doenças infecto-contagiosas nos moradores que utilizam água de poços”.
Ainda, segundo Relatório e Parecer Técnico dos Voçorocamentos do Perímetro Urbano de Morro Do Ferro, Oliveira/MG. (1997), “os solos da região, ao serem expostos à ação direta de fatores climáticos e da atuação antrópica desordenada, favorecem o desenvolvimento de processos erosivos intensos e agressivos, culminando com o surgimento de grandes voçorocas”. O levantamento detectou que as voçorocas no entorno da área urbanizada atingem cerca de 70 ha, sendo que a área urbana do Distrito é cerca de 20 ha. O risco geológico da área, com possibilidade de perda de vidas humanas ou materiais. Recomenda o acompanhamento permanente do fenômeno e a execução imediata de obras, com objetivo de promover a diminuição da velocidade de progressão dos processos erosivos. Nos locais de risco iminente e alto risco, recomenda a remoção dos moradores para locais seguros, durante os períodos chuvosos.
Diante desse quadro, é evidente e urgente a necessidade de atuação no local, tendo em vista a sua estabilização geológica e a segurança dos moradores de Morro do Ferro, sob pena de alguns anos poder não mais existir.
Não podemos assistir a esta destruição de braços cruzados, pois sabemos que a mão do homem é a principal culpada pelo estrago que hoje presenciamos, mas devemos acreditar que ainda existem mãos capazes de reverter este quadro assustador e devorador; não podemos esperar.
Por causa das fortes chuvas de janeiro de 1996, fizemos várias mobilizações que resultou no documento “Relatório e Parecer Técnico Sobre os Voçorocamentos Existentes no Perímetro Urbano do Distrito de Morro do Ferro – Oliveira/MG.”. Suas dimensões, bem como sua profundidade, grau de declividade e proximidade das edificações, aliado à cultura do lugar trona-se uma das grandes resistências na efetivação dos trabalhos apontados no relatório.
Existe uma lenda, segundo a qual estas erosões seriam resultantes da praga de um religioso. Padre este que após atrasar para a celebração da missa do “Galo”, foi jurado de ser amarrado em um dos coqueiros em frente à matriz e ser chicoteado. Então o vigário rogou uma praga que o lugar seria comido pelas voçorocas. Este fato foi publicado no livro de Luiz Gonzaga da Fonseca “História de Oliveira – 1961”.
O crescimento da área urbana é limitado pelos barrancos, onde as construções vão de encontro aos mesmos. Embora já mapeadas (1997), o poder público já permitiu a construção de inúmeras moradias nas áreas denominadas de “alto risco”, é o nosso “jeitinho político” fazendo “vistas grossas” em torno do real perigo.
Ruas já foram interditadas e serviços provisórios executados (Rua Geraldo Magela Alves – setembro de 2005 e Rua Deodato Francisco Luiz - 2009). Os poucos lotes aqui existentes possuem seus preços relativamente mais elevados devido serem escassos. Agora, o novo jeito encontrado é de se erguerem suas moradias é em estilo de prédios.
O controle de voçorocas além de difícil, é muito caro, podendo até ser muito mais elevado que o valor da própria terra (Bertoni e Lombardi Neto, 1990). Os processos erosivos implicam na perda da camada mais fértil do solo, assoreamento de corpos hídricos, aumento de enchentes e exposição de vidas humanas, devido ao risco grave e eminente de deslizamentos de barrancos e desabamentos de casas.
Devido sua gigantesca proporção, este fenômeno atrai vários professores e estudantes da UEMG, PUC-MG, UNICAMP, UFLA e já mereceram destaque nos principais tele-jornais: jornal das TVs Alterosa (15/02/1998), jornal Nacional da Globo (16/04/1999), jornal da Bandeirantes (24/08/2001), Tv Integração (22/11/2010), revista Ecológico (30/03/2010) e em várias edições da imprensa escrita (Gazeta de Minas, O Estado de Minas (15/12/2010), O Estado de São Paulo (15/11/1976), Diário da Tarde (08/12/2003), Hoje em Dia (27/11/2010), O Regional, Uai), além de inúmeras matérias radiofônicas (Rádio Sociedade AM e Nossa FM).
Toda nossa luta em busca das técnicas existentes e dos recursos para a realização de obras específicas, até o momento não concretizaram, mas, este esforço não foi em vão, pois algumas mudanças ocorreram nos hábitos dos morroferrenses e na política ambient





  • Fundamos a CAE (Comissão Para Assuntos de Erosões – 18/11/1997), sancionada pelo Prefeito Municipal José Orlando Silva e Santos, conforme o artigo 90 da Lei Orgânica Municipal através da Portaria 127 de 16/01/98 que foi registrada no livro 05 página 137 V. Com objetivo de buscar as soluções para resolver o grave problema dos voçorocamentos do Distrito de Morro do Ferro.
  • Termino o documentário (24/04/1998) em uma fita de vídeo VHS, com 15   minutos de duração. Este material foi disponibilizada nas escolas e   na comunidade, no sentido de conscientizar de algo muito sério nos norteia e que devemos mudar nossos hábitos e agir.
  • Fixado placas (16/03/1998) que pede os moradores lançar lixo nas voçorocas. Era comum visualizar moradores e o próprio poder público municipal despejando lixo nas encostas.
  • ü    Construção de paliçadas (13/10/1998). Essas paliçadas de bambu, foram   erguidas nos fundos de algumas voçorocas e se tornaram em uma cerca viva, retendo o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.
  • Drenos de bambu nos afluentes (1998). Após cavar os sulcos nos locais onde corriam água, foram colocados feixes de bambu e cobertos por terra. No eixo principal, onde o volume de água é maior, o dreno foi construído de manilha.
  • Plantio de mudas de árvores frutíferas (16/10/1998). Através de uma gincana   organizada pela Escola Estadual São João Batista, cujos, uma das tarefas era conseguir a maior quantidade de mudas de arvoras. Arrecadaram 1762 mudas de árvores que foram plantadas (19/10/98) em um dos barrancos.
  • Construção de rede de esgoto (2000). As edificações situadas às margens das voçorocas tenham o “privilégio” de despejarem suas descargas dentro dos abismos e isso agora não mais ocorre.
  • Recomposição da Serra do José Maria Silveira (dezembro 2000). Esta serra também sofreu com as máquinas (1995) a serviço do governo. Após extrair o que necessitavam (cascalho), a firma foi embora, nos deixando mais uma serra pelada. Ao ver nossas campanhas e sua água potável sendo soterrada, o proprietário José Maria aciona a justiça que obriga a empresa recuperar a citada serra.
  • Através do decreto de nº. 1964, publicado no jornal Gazeta de Minas do dia   11/05/2001, foi fixado placas nas três entradas do perímetro urbano. Placas estas que restringe o tráfego pesado pelas ruas. Devido a fragilidade de nosso solo, a maioria de nossas edificações possui trincas nas paredes, além da fina espessura do asfalto das ruas, conseguimos via-judicial a restrição do tráfego acima de 12 toneladas nos logradouros públicos.
  • Em 25/09/2002 protocolei na Agência Nacional das Águas (ANA) o projeto de estabilização de nossas voçorocas, mas devido á política local não efetivarem de fato e não conseguimos o recurso. Apenas em uma das voçorocas, o projeto encaminhado na ANA, no valor de R$ 433.200,00 (valor de 2002).
  • Coleta de lixo nas ruas (10/01/2003), cujos quintais delimitam com as voçorocas, essas ruas eram excluídas deste básico serviço.
  • Elaboração de um anti-projeto (2005) de recuperação da Serra da Capelinha.
  • Abertura do Acesso Noroeste para o tráfego acima de 12 toneladas (outubro 2007). Essa estrada de 900 metros. Foi a alternativa para que não fôssemos prejudicados pelo transporte acima de 12 toneladas.
  • Levantamento topográfico (outubro de 2007, gentilmente realizado pela empresa Mecanorte de Belo Horizonte) na Serra da Capelinha.
  • Coleta de lixo seletivo (10/08/2010). Este lixo separado por moradores é recolhido pela cooperativa de Oliveira. Infelizmente a cooperativa paralisou esse coleta por motivos internos.
  • Extinção das queimadas nesses locais. Após intensas campanhas, estes incêndios estão quase extintos. A maioria deles ocorria durante os festejos da padroeira do Brasil “Nossa Senhora Aparecida”, cujos moradores soltavam foguetes sem nenhuma preocupação com as fagulhas. Outro causador de incêndio era por funcionários da prefeitura que colocava fogo nos lixões dentro das voçorocas.
  • Participamos de desfiles, confeccionamos painéis de fotos e recorte de jornais, cedemos materiais para alunos fazer pesquisa. Assim vamos atingindo lentamente nossos objetivos.
  • Palestras e a divulgação na mídia. Foram inúmeras palestras ministradas por técnicos, professores e alunos de várias universidades e órgãos públicos (PUC, UFLA, UNICAMP, IEF, RURALMINAS; SECRETÁRIA NACIONAL dos RECURSOS HÍDRICOS, EMATER, etc.).
  • Pedido já foi feito em uma das reuniões da câmara a fim de que possamos ter a realização de coleta de lixo duas vezes por semana.
  • Estou propondo a criação da Guarda Ambiental Municipal para trabalhar na prevenção de atos praticados contra nossa terra, uma vez que a Polícia Ambiental faz cobertura em oito (08) municípios, e isso deixa os infratores de nosso distrito afastada da fiscalização.

Mesmo com essas iniciativas, sabemos que infelizmente o processo de voçorocamento esta ativo, embora a vegetação cobre boa parte desses abismos, pois o homem ainda continua fazendo mal uso do solo através de construção de estradas sem projetos, a ausência de técnicas no preparo das terras agrícolas, etc. Claro que ainda há muito por fazer e assim, as erosões corroem nosso pequeno torrão, vão aos poucos, nos comprimindo e assoreando os afluentes de nossos cursos d’água. Enquanto esperamos a iniciativa de nossas autoridades, continuo fazendo meu dever... O trabalho não pode parar, a luta continua e novas propostas vão surgindo com o passar dos tempos.
Não tenho nenhuma formação científica, possuo apenas o segundo grau, mas não tenho medo de desafios, aprendi o suficiente de que devemos lutar e assim fazer a nossa parte, em busca de um mundo melhor para nossos descendentes. Temos que fazer de nossos conhecimentos uma bússola que nos indica o rumo certo a ser seguido. Os estudos me fazem falta sim, mas não me impedi de acreditar em um mundo mais humano, saudável e sustentável.
Alguns importantes trechos e títulos de matérias jornalísticas citados por autoridades que aqui estiveram:

F  Na década de 1940, as voçorocas de Morro do Ferro já era motivo de preocupação. No livro de 1961 - História de Oliveira, Luís Gonzaga da Fonseca escreveu: “… Cabe ao homem sustar esse mal com os meios naturais de reflorestamento…”.
F  No livro de atas da Associação Comunitária São João Batista (pg 24) 03/04/1986 consta que a EMATER fez um relatório sobre as voçorocas aqui existentes. Já era grande a preocupação com o problema tendo sido até sugerido pelo então projeto: “á transferência da vila para outra localidade, pensou-se decretar estado de calamidade pública”.
F  O Professor Hérber Xavier da PUC/MG: “… Morro do Ferro acaba sendo um verdadeiro laboratório para nós, mas exige uma atenção especial…”.
F  Deputado Estadual e Secretário dos Recursos Humanos, Sávio Souza Cruz: “… estas são as maiores Erosões do Brasil…”.
F  Em 15/11/76O Jornal O Estado de São Paulo, publicou a matéria com o título: “O Mistério De Morro Do Ferro, Onde A Terra Está Sumindo”.
F  Uma campanha para que Morro do Ferro não caia no buraco (Gazeta 03/08/1997). Apresentando um relatório sobre um questionário domiciliar feito por Ildeano. “… seus resultados são um retrato fiel de como vivem algumas das pessoas que têm casa à beira dos desbarrancados…”.
F  Paulo Afonso Romano, ex-secretário da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos quer transformar voçorocas em parque (Gazeta 15/02/98): “… se todos sonharem juntos, será o início de uma nova realidade, é uma questão de vida…”
F  Repórter Adriana Araujo do Jornal Nacional da Rede Globo (16/04/1999) assim iniciou a matéria: “O nome lembra força, mas Morro do Ferro esta desmoronando...”
F  No jornal local (O Regional 29/07/99).  Alunos da UNICAMP alertam para gravidade das erosões, “… mais chamou a atenção foi o total descaso para com o desvoçorocamentos…”.
F  Trecho do Jornal Gazeta de Minas de 30/04/2006: “... provocado pala destruição das matas ciliares e pela extração de cascalho por órgãos do governo estadual, utilizado na pavimentação de rodovias”.
F  Jornal “Ambiente Hoje” da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), do mês de outubro de 2004, na meteria intitulada: “Distrito de Oliveira ameaçado por erosões”. Uma das entrevistadas foi a tesoureira Regina Greco do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará sediado na cidade de Divinópolis/MG., assim enfatizou o problema de nossas erosões: “se as voçorocas continuarem, Morro do Ferro vai desaparecer, já que o governo não se preocupa com o meio ambiente, deveriam se preocupar pelo menos com as pessoas. O que falta, é maior vontade política e de alguém que comece realmente a ajudar”.
F  Título do Jornal Gazeta de Minas de 10 de junho de 2001: “Natureza morta em Morro do Ferro”.
F  No jornal da TV Alterosa, do dia 19/02/1998:
a) Morador Joaquim Alves Pereira disse que é praga de um Padre que foi espancado.
b) Eustáquio Francisco da Silva alegou que já perdeu mais de 10 m de seu quintal e sente medo com as chuvas, pois sua residência encontra-se a menos de 2 m do abismo.
c) Maria Antônia de Lima Arruda espera um trabalho de contenção.
F  Revista Ecológico, 30 de março de 2010: “Os buracos gigantes de Morro do Ferro mostram como a natureza reage quando o manejo da terra não é feito respeitando os seus limites naturais”.

Sempre gostei de trabalhar por nossa comunidade, voltadas nas áreas: social, cultural, obras e meio ambiente. Portanto além da exaustiva busca de contenção de nossas voçorocas para que nosso distrito continue existindo como um lugar promissor. Também tento junto à nossa Paróquia de São João Batista a troca da lenha nativa pela de reflorestamento (eucalipto) queimada em suas fogueiras durante seis festejos. Gostaria de propagar O Projeto de Aquecedor Solar Reciclável (pet e caixa tetra pak) que já foi tema de matéria jornalística da Tv Alterosa (22/06/2010).
Não podemos assistir a esta destruição de braços cruzados, pois sabemos que a mão do homem é a principal culpada pelo estrago que hoje presenciamos, mas acreditamos que ainda existem mãos capazes de reverter este quadro assustador e devorador de nosso pequeno torrão; não podemos esperar.
Prêmio Ouro Azul - 01/12/2010
Aguardo ansiosamente que meu trabalho seja selecionado para ser contemplado com o Prêmio “Ouro Azul”. Isto ocorrendo, minha comunidade vai perceber que estou no caminho certo e assim desperte nos governantes a urgência de que além da área de risco em que vivemos, os assoreamentos daqui comprometem também uma vasta região.
Para melhor visualizar e compreender esse problema ambiental e ao mesmo tempo meu trabalho, já enviei farto material de áudio visual, além de fotos, mapas e artigos de jornais.

lenda das boçorocas

Pe. José Júlio e Pastor Mauro.
Tolerância religiosa; o mundo necessita deste ato - 08/12/2006
 Esta lenda foi extraída do livro História de Oliveira
Luiz Gonzaga da Fonseca



Há mais de cem anos atrás, o vigário de Oliveira, cônego Meireles de Barros reverendo trigueiro, porém muito casquilho, recebia do devoto rebanho de São João Batista um convite para celebrar ali a missa do galo. Mas Oliveira não podia ficar sem essa missa. Como resolver?
Diria a missa do galo na cidade e as dez da manhã, celebrarei em São João Batista.
Combinado!
E começaram os preparativos para a festa no lugarejo, incluindo uma recepção condigna ao cônego Barros. Arcos de bambu, rua varrida e juncada de folhas verdes, banda de música, foguete, repiques de sino.
Na manhã do grande dia, já a frente da matriz do arraial regurgitava. E devia estar mesmo um brinco! Naquele tempo o alto em que ficava a matriz de São João Batista era de uma poesia natural e sugestiva. Duas alas de coqueiro esguios, alternados de casuarinas, formavam uma extensa alameda que conduzia a igreja branquejante lá no alto.
Quando lá no morro espocassem dois foguetes era a senha; aproximação do padre. Então o povo, entre músicas, bimbalhar de sinos, flores e aclamações, recebê-lo-ia à entrada do lugar e o conduziria processionalmente à matriz para o supremo alto da liturgia católica.
Mas...
O sol já havia arribado duas, três, quatro braças no céu e – do padre mesmo nada!
Que era, que não era? – e o povo foi se inquietando. Uns culpavam o mal tempo: realmente, ao amanhecer, caíra forte aguaceiro. Outros, maledicentes e despeitados com o prestígio de que gozava o reverendo entre o belo sexo, imputavam razões outras à sua demora. Dessa opinião era o coronel Arnaldo, a maior fortuna do lugar. Pavoneava-se, dominador e solene, na sua roda de fazendeiros fortes, onde, por fim, roncou este palpite:
__ Pois se o negro não chegar até o meio-dia, nós o amarraremos num daqueles coqueiros para uma boa sova.
O negro era o padre. A frase, se audaciosa e irreverente, era, para aqueles tempos de religiosidade timorata, mas do que isso: um sacrilégio! Um desafio à Divindade!
 Virgem Nossa Senhora! E o escândalo voava de boca em boca. Deus nos livre! Que pecado e as mulheres benziam-se, rabeando olhadelas ferozes no coronelão audaz.
Súbito, dois foguetes estrugiram no alto do morro. Era o padre. Vinha cavalgando num bom animal, acompanhado de um guia também a cavalo.
Saltou da sela, brusco e suarento, limpando a fronte brônzea na manga do guarda-pó e respondendo ao “Sois Cristo” humilde de cada um.
A recepção foi mais carinhosa do que nunca. Natural reação psicológica aos intentos do coronel.
Cônego Barros, enquanto se livrava do guarda-pó e das esporas, ia justificando sua demora. O aguaceiro caído de madrugada o detivera nos Fradiques. Duas horas num ranchinho, à espera duma estiada! O córrego virara um Amazonas. Teve de esperar muito, até que minguasse um pouco, conseguindo afinal passar com o guia pela pinguela, equilibrando-se a custo, enquanto os animais, rédeas soltas, atravessaram a nado a enchente.
Para o mulherio aquilo foi uma epopéia de mártir, digna de figurar em todos os martirológios, acrescida ainda do jejum canônico.
— Coitadinho, meu Deus! Grunhiam as beatas.
E, celebrante à frente, todos rumaram para a igreja. Estranhando os excessos de carinho daquela vez, cônego Barros, instituindo, soube logo de tudo.
Ah, para quê! Gritou do altar que o sacrílego havia de acabar na miséria, perdição que afirmam cumprida. E o lugar havia de acabar comido pelos buracos. E partiu.
Já a tardinha do mesmo dia, pendiam murchas as palmas do coqueiro para o qual apontara o coronel quando dissera “aquilo”. E em pouco tempo, imitando o coqueiro, morreram, uma a uma, todas as palmeiras e casuarinas. Rondando o lugar, foram então aparecendo os esbarrancados vermelhos, os boqueirões a pique que se escancaram, hiantes e numerosos, assediando de abismos, o velho e pacato distrito de Oliveira...
São as voçorocas que ainda hoje lá se vêem e que só se acalmaram um pouco depois que uns missionários traçaram sobre elas um grande sinal da cruz... (digitalizado por Ildeano S. Silva).

Maiores informações pelo e-mai: ildeanoss@gmail.com
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Doação de 700 mudas em 2014







BARRAGINHAS - Uma obra que valoriza as propriedades rurais e melhora as nascentes, umedece o terreno melhorando a pastagem e as lavouras.







A CONSCIÊNCIA DEVE ESTAR ACIMA DE QUALQUER LEI.

Mas se as leis existem, estas devem ser aplicadas para qualquer pessoa, independente de sua situação financeira, mas já que existe regalias, que estas leis sejam mais rigorosas para com aqueles que possuem maior poder aquisitivo. Pois, quanto mair for sua canta bancária, mas destrutivo é o cidadão sem consciência.
Que as árvores nativas sejam tão protegidas quanto sua conta no bancária e que São João Batista seja o guardião de nossa terra.
Que as árvores nativas sejam tão protegidas quanto sua conta no bancária e que São João Batista seja o guardião de nossa terra.Que as árvores nativas sejam tão protegidas quanto sua conta no bancária e que São João Batista seja o guardião de nossa terra.Que as árvores nativas sejam tão protegidas quanto sua conta no bancária e que São João Batista seja o guardião de nossa terra.Que as árvores nativas sejam tão protegidas quanto sua conta no bancária e que São João Batista seja o guardião de nossa terra.


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TRATAMENTO VIP - AFINAL NOSSA VIDA ESTA AQUI.


Cena pioneira em Morro do Ferro. Sempre víamos lançar calcário em terras preparadas para plantações ou recuperação de pastagens, visando ganhar dinheiro.
Aqui, fazemos ao contrário, cuidamos das feridas da natureza, estamos fortalecendo o solo para que produzem frondosas árvores, frutos, sementes, sombra fresca e água cristalina.

Convidamos a todos para vir somar conosco, traga sua doação, retribua ao Meio Ambiente tudo aquilo que Ele lhes dá - a Vida. Venha fazer parte desta Seleção de Amigos da Terra.
EMATER E PREFEITURA, DOAM 6 TONELADAS DE CALCÁRIO PARA O PROJETOS AMBIENTAIS.
Agradecemos a Emater e a Prefeitura (através da Administração Distrital, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente) pela doação de calcário para os projetos ambientais de Morro do Ferro. A calagem do solo, vai dar mais força à vegetação nativa e assim recuperar o verde das áreas atendidas.

Este gesto significa que nossas autoridades entendem que a produção de alimentos (horticultura, olericultura, milho, feijão, etc.) depende do Meio Ambiente Saudável e assim menos agrotóxicos serão utilizados e depois geridos por todos nós.













CERCAMENTO  DAS NASCENTES DE ÁGUA DO DISTRITO DE MORRO DO FERRO.
Que felicidade de estar participando desta pioneira ação em nosso distrito. Agradeço a todos envolvidos nesta tarefa (Prefeitura, IEF, Vórtice, Produtores Rurais, Codevasf). Foram muitas reuniões e sempre acreditei que podemos fazer ao contrário, preservar sem prejudicar ninguém. Sei perfeitamente que há muito o que fazer pela nossa natureza, muito mesmo, mas Graças a Deus estamos dando o primeiro passo. Estamos em contato com demais órgãos (SAAE, Emater, Vereadores, Mineração, Luzboa, Universidade, etc.) e empresas e novas parcerias virão. VENHA VOCÊ TAMBÉM!!!





E

Sou produtor de água.











Maiores informações pelo e-mai: ildeanoss@gmail.com

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