Agenda XLI, Dia de N. S. Aparecida, Projeto para a Festa de Junho


Agenda XLI de Morro do Ferro, lançada em abril de 2019 por Ildeano Silva.






CRIANÇAS CHORAM NO DIA DA PADROEIRA, em Morro do Ferro. ANIMAIS MORRERAM NA FLORA DEVASTADA por uma cruel tradição. Coloquem do outro lado e verás que isso é insustentável socialmente, religiosamente e ambientalmente.


FÉ NO CORAÇÃO E FOGUETE NA MÃO.Em pleno século XXI os seres pensantes ainda manifestam sua fé deste jeito, para todos verem e

sentirem o impacto provocado por um dia de bombardeio. Chamam de tradição, iniciada com foguetes de três tiros e rapidamente substituídos pelos rojões de doze explosivos.
Como se não bastassem os transtornos aos animais domésticos e selvagens, por exemplo: o Chico (pássaro preto que foi matéria no programa da Ana Maria Braga da TV Globo) esteve na minha casa tremendo, onde até uma amiga veio ver se realmente ele estava aqui. As gatas da casa de minha mãe correram apavorados para debaixo das camas. O gato de minha casa desapareceu. A cachorra Megui veio refugiar na minha casa, mas aqui também estouravam. vários cachorros corriam desnorteados pelas ruas e onde eles iam uma bomba explodiam. Uma Calopsita desaparecida. As galinhas de uma vizinha cacarejavam. Somado a tudo isso, ainda ocorreu um grande incêndio que consumiu mais de 5 hectares de uma voçoroca estabilizada, repletas de árvores, matando inúmeros animais que ali habitavam (filhotes de pássaros nos ninhos, lagartos, cobras, tatus, tamanduás, gambas, etc). Frutas e verduras dos quintais viram cinzas. Mãe e filha que são alérgicas à fumaça, tiveram que refugiar na casa de parentes.  Aproximadamente 15 casas quase foram dizimadas pelo fogo, onde os moradores esvaziaram suas caixas d'água para conter. Foram momentos de pavor, descreve um depoente. Crianças chorando em meio a um mundo orquestrado por marmanjos que não conseguem enxergar o males que fazem. Homens e mulheres carregando baldes de água para defenderem suas moradias. Uma cena de guerra entre homens e natureza ou natureza e os homens, onde não existem vencedores. O Corpo de Bombeiros compareceu mais tarde porque debelavam incêndio em Oliveira. Defendemos uma investigação para cobrar os inúmeros prejuízos ambientais e até sociais. Obrigar a reflorestar a área devastada, reparar os danos causados para cada morador. Duas pessoas quase foram queimadas durante a procissão de Nossa Senhora Aparecida. Com medo, elas deixaram o ato religioso e foram embora para suas residências. Creio que este tipo de manifestação jamais garantirá uma vaga no céu, pelo contrário: terás uma dívida a ser reparada na terra. Será que isto é correto? Onde está a tal racionalidade? Isso é mesmo uma atitude religiosa? O que a Igreja Católica pode e deve fazer para acabar com este excesso chamado de tradição, que só causa transtornos, queimam dinheiro, causam incalculáveis prejuízos ambientais, liquidam vidas, etc.? Eu acredito em Deus, no Criador, nas pessoas que foram santificadas devido seu exemplo de vida, mas jamais usarei minha crença para perseguir, prejudicar minha terra e tudo que nela vive. Muito pelo contrário, faço minha parte para que amanhã ninguém sofra pelas consequências negativas de hoje. É preciso um grande trabalho educacional e reparador, para que os limites sejam de fato respeitados, em prol de uma exemplar evolução, onde a comunidade seja capaz de saber os riscos, os danos, reconhecer os limites e assim evitar tais atitudes. Acho que eu não posso extravasar minha fé ou manifestar minha satisfação por um time de futebol ou um ídolo, incomodando terceiros e muito menos expondo as vidas e as benfeitorias públicas e privadas em risco. É hora de refletir o que fizemos ontem para não ser punido amanhã. Uma punição judicial ou até mesmo pela própria consciência. Assim não fazer parte desta brutalidade que comentem com a vida.


















POR QUE SOMOS REFÉNS?

A comunidade morroferrense está a mercê de um sistema que poderia ser sanado se houvesse mais equilíbrio nos gastos e planejamento dos eventos. As sobras seriam investidas em nossas infraestruturas, ampliando parcerias público-privada. Enquanto formos reféns da fé e permanecermos aprisionados na lona do circo, iremos continuar sendo vítimas das alienações, aguardando a vinda dos tropeiros.
No momento, podemos dizer com clareza que o amanhã será a réplica do ontem porque o hoje nos revela o caminho que percorremos é o mesmo, onde imaginamos marchar rumo a um oásis, cujos avistamentos não passam de sedutoras miragens. Depois de mais um trajeto supostamente atingido, temos que relaxar sobre uma rústica pedra, debaixo do sol ardente, buscar forças para mais uma improdutiva temporada.
O distrito caminha para celebrar (novembro) 176 anos e ainda não alcançamos a maioridade administrativa que está longe das atuais regras legais. Assim, já se foram quase dois séculos, mas não foram o suficiente para entendermos que somos Distrito. Imaginamos que dependemos totalmente de lá e não de nossos gestos enquanto sábios e guerreiros cidadãos morroferrenses.
Quantos "palcos" erguemos, desmontamos e ainda não tivemos a capacidade de enxergar o que permanece, a não ser um espaço vazio à espera de mais um palanque recheado de sonhos às custas do suor de um povo, que nunca tiveram oportunidade de experimentar a ousadia da transformação.
Os impérios comunitários promovem brilhos que bruscamente apagam as ilusões de mais um dever cumprido e vozes que após os aplausos são silenciadas por uma realidade já vislumbrada nos bastidores, que rapidamente desfaz o que foi dito e assim nos preparamos para mais um replay de um “grande passado pela frente”, disse minha amiga via zap.
Todos sabem que o poder público governa com estatísticas, demandas ou sejam: seus investimentos são direcionados para atender o maior número de pessoas e também para aliviar as cobranças que a sociedade fazem em seus gabinetes.
Já caminhamos ao lado de "grandes" chefes, sentamos em cobiçadas cadeiras, manuseamos respeitadas canetas, participamos de inúmeras reuniões e vimos claramente onde estão nossas fraquezas ou pecamos nos excessos. Contudo estamos num dilema: continuemos nas arquibancadas ou assumimos o picadeiro? Se fossemos mais ousados, os políticos seriam nossos parceiros e dependentes.
Até hoje, por medo de perder o prestígio e o mandato, nossas lideranças falam o que a sociedade desejam ouvir e não o que devem ouvir.
No entanto, nossa potência é consumida nas idas e vindas e aí perdemos a capacidade de raciocinar, de encontrar saídas que podem estar ao nosso lado. Somos vencidos pelos desalentos, pela fragilidade de planejar, de mobilizar, de articular o novo, de usar referências sobre o sucesso de outras comunidades que venceram causas semelhantes ou até infinitamente superiores.
Assim sendo, olhemos com atenção nossa situação distrital. Contentamos com migalhas, com improvisos, com remendos que são manipulados a conta-gotas.
Tudo isto porque somos desprovidos de compromissada força política, onde a maioria dos cargos do executivo, legislativo estão ocupados e instalados na sede. Temos 2060 eleitores e 2300 habitantes aproximadamente, muito abaixo da maioria dos bairros da cidade de Oliveira. Sendo assim, as cobranças são maiores lá, então os governantes obviamente vão buscar atender o mais rápido possível, observando beneficiar grande parte da população.
Com essas desvantagens, vemos que nos restam são sobras mesmo, vindas por atitudes ao extremo, que não dá mais para ser adiada.
Dessa forma, se quisermos proporcionar melhores condições de vida para nós e para os que virão, necessitamos rever este jeito de Amar Morro do Ferro.
Somos capazes sim, bastando colocar a “mão” na consciência, refletir muito sobre as "águas” que se foram, começar a atuar para salvar as infraestruturas existentes e depois planejar novas conquistas. Tudo isso será real a partir do momento que oferecermos as contrapartidas e anualmente teremos o prazer de inaugurar uma obra pública, com a participação direta da sociedade.
A parceria público-privada é o caminho mais fácil e rápido para solucionar os gargalos que há décadas nos incomodam e acumulam. São desafios que temos plenas condições de vencerem, cujos legados serão as glórias de nossas batalhas.
Já temos exemplos que funcionou muito bem: as obras ambientais, restauração do busto do Miguelzinho e construção do prédio do Velório. Precisamos empoderar de nossa terra e tudo que nela exista ou possa existir.
A partir do momento que reconhecermos a necessidade renovar nossas atitudes, enfrentar os desafios que omitimos, unir as entidades, reduzir gastos com algo que se desfaz rapidamente, teremos no mínimo uns cinco anos de continuo trabalhos afim de sanar estes e outros problemas. Então vamos sair das lamentações? Da espera, do comodismo.
Vamos transformar nossa terra em um Distrito Sustentável.
Uma comunidade quase que independente e não dependente de tudo, que faz acontecer.
Ai, teremos um distrito alto sustentável, onde os políticos vão ser parceiros em cada obra popular.
A primeira inciativa ocorrerá quando portas se abrirem, plenário for lotado e a mesa dispuser dialogar, encontraremos a trajetória do horizonte florido.
Eu penso assim, e você? – Ildeano Silva.


O MAIS CARO SÃO JOÃO DE MINAS, nos revela algo preocupante todos os anos. Chega São João, passa São João e nós ainda preocupamos em bater recordes, sem levar em conta as deficiências de nosso Distrito, tanto para nos atender no decorrer dos anos, quanto para oferecer o bem-estar daqueles que nos visitam nos momentos festivos. Dedicamos com os shows e com as saraivadas dos foguetes, economizamos na higiene, na limpeza das ruas, nos sanitários e que se dane o meio ambiente.
Nesta festa junina deu de tudo: ruas abarrotadas de lixo e ausência de lixeiras, banheiros fedorentos, sujos, imundos. Coitadas das mulheres em terem que usar essa porqueira e sem falar no banheiro masculino do coreto que teve que ser interditado justamente no horário de pico, noite de 24.
Teve princípio de incêndio ocasionados pelos fogos na abertura às 12 horas do dia 23 colocando residências em riscos. E por falar em foguetes, devem terem queimados no total, uns 48 minutos de foguetes cujo custo ainda não sabemos, mas devem ser uns R$ 50.000,00. Somente na chegada de São João foram 12 minutos e 45 segundos. Como todos sabem, a igreja possui uma hierarquia e acima do padre temos o bispo que condenou publicamente os excessos de gastos da igreja, mas isto nos parece terem desrespeitados, vistos a quantidade de fogos.
Ficamos parcialmente sem energia na noite do dia 23, o que ocasionou prejuízos comerciais para muitos barraqueiros, além dos transtornos residenciais. Dizem que é fruto de “gato” por parte de um barraqueiro, que gerou curto na rede da Cemig. Só na minha casa foram quatro lâmpadas queimadas no momento.
As fogueiras continuam de árvores nativas sendo queimada dentro do adro da igreja. Sem dúvida é um ato que não contribui para a valorização e preservação da natureza esbarrancada que nos rodeiam. Não entendemos os motivos que levam a preservarem as imensas florestas de eucaliptos que cobrem nossa região e preferem suar a imagem de uma instituição que se julga falar e atuar em nome de Deus. Em julho do ano passado reunimos com o pessoal da igreja que disseram que iriam fazer alguma atividade ambiental a fim de compensar estas queimas, mas até o momento, desconheço essa tal atitude. Então onde está a responsabilidade da igreja na formação de uma sociedade que respeita a natureza?
Registramos ausência de lixeiras para atender a demanda, falta limpeza durante o evento, além de campanhas informativas e educativas. Pedir para cada barraqueiro disponibilizar pelo menos duas lixeiras do lado externo.
Os canteiros do jardim, o que deveria ser cartão de observação desapareceu em meio à multidão. É lamentável presenciar que a prefeitura parece manter distante a tudo isso.
As ruas ficaram tomadas de barracas, cujos aluguel do espaço vai tudo embora para financiar um custo elevado da chamada festa social; não cultural; não junina, não de valorização local. Dos aproximadamente 80 pontos alugados, somente quatro foram de Morro do Ferro e os mesmos não tiveram nenhuma compensação por se tratar de serem pessoas da comunidade, pois isto seria uma forma de incentivar que outros venha ganhar dinheiro durante o evento.
Para muitos, no dia 26 (terça-feira) teve muita mais gente do que no dia do padroeiro (domingo) e isto nos revela que a religiosidade está caindo, porque nós mesmos estamos transformando uma festa que surgiu dentro da igreja em um evento de cultura nacional.
Onde fica a tão falada tradição? Bom, pelo jeito essa palavra serve apenas para tentar argumentar certas atitudes, o que não é verdade se puxarmos a história da verdadeira festa junina que acontecia em nossa comunidade.
Conhecemos todos os componentes das duas comissões encarregadas para executar o evento e sabemos muito bem da idoneidade deles, são gente boa sim e trabalham muito para que a festa aconteça, só que estão seguindo um modelo que prejudica muito nossa comunidade. Sabemos que parte das arrecadações são graças às doações dos moradores porque eles gostam da festa, mas será que foram ouvidos? Será que mostraram para eles que podemos ter a festa e aplicar as sobras em algo que precisamos no dia-a-dia? Mas será que eles doariam se parte deste recurso fosse reservado para serem investido no Distrito? Creio que sim, pois amam nossa terra. Assim sendo inauguraríamos pelo menos uma obra ao ano. Por que não oferecemos oportunidade para nossos artistas a subir no palco e executarem seus talentos e assim valorizar nossa cultura, nosso povo?
Será justo querer quebrar recordes de gastos dentro de uma comunidade que sente falta de muitos anseios? Quantos projetos morrem no nascedouro!!!
Esperamos os balancetes que estimam em R$ 115.000,00 na tal festa social e R$ 50.000,00 na queimadura de fogos.
Estimamos que as duas entidades (paróquia e associação) arrecadam em torno de R$ 450.000,00 por ano, mas infelizmente não investem parte deste dinheiro na comunidade.
A associação foi criada para representar e ajudar no desenvolvimento de Morro do Ferro e seu papel atualmente só serve para big eventos. A igreja deveria refletir a simples frase de Madre Tereza: “Mãos que ajudam são mais sagradas do que lábios que rezam” e assim passar a zelar mais pela nossa comunidade, deixando legados a cada ano.
Venha conhecer nosso Distrito fora da festa, irá perceber as fragilidades do pouco que temos e assim entenderá o porquê estamos manifestando contrário, cujas fotos confirmam parte do que estou narrando.
Até nos países desenvolvidos onde as administrações públicas prestam ótimos serviços para seu povo, existem inúmeras entidades e igrejas que atuam diretamente nos bens públicos, prestam belos serviços sociais.

Eta viva caro este!

PROJETO DA FESTA DE JUNHO DE MORRO DO FERRO. Um trabalho popular. “O MELHOR E MAIOR SÃO JOÃO DE MINAS”


Dedicatória:
Especialmente a todos os católicos que exercem seu papel de cidadania na sociedade batistana, conforme um dos pronunciamentos de Madre Tereza de Calcutá: “mãos que ajudam, são mais sagradas que lábios que rezam”. Que nós sigamos os exemplos do padroeiro São João Batista: Ele gritava no deserto, anunciando a chegada do Salvador e denunciava o mal governo e a vida desregrada do rei Herodes.
Refletimos sobre o trecho que o Padre Joãozinho compôs um hino ao mártir São Sebastião: “uma flecha não bastou para calar a sua voz”, por isso quando se tem bons argumentos, não abandonem as lutas.

“Só há duas coisas infinitas: o Universo e a Estupidez Humana,
mas não estou muito seguro da primeira. Da segunda, pode-se observar como nos destruímos só para demonstrar quem pode mais”
Albert Einstein.

Meu lugar


Quando fecho os olhos, pensamento me faz viajar.
Vejo em sonhos e canções, meu querido lugar.
No impulso pego a estrada, desejando logo alcançar minha terra, meu torrão, onde vou repousar.

Meu coração bate forte, os olhos marejam de emoção, quando ao longe avisto as luzes no alto da serra dando a direção.
Na chegada São João complacente de braços erguidos a abençoar quem chega, quem vai e quem passa pelo caminho quer sempre voltar.

Entre lendas e histórias, sentimentos, tradições. Nossa vida é contada em poemas, canções.
Maldições que foram lançadas, mas a fé nunca foi abalada.
Terra forte, abençoada, meu amor, minha vida.

Meu coração bate forte os olhos marejam de emoção, quando ao longe avisto as luzes no alto da serra dando a direção. Na chegada São João imponente de braços erguidos a abençoar quem chega, quem vai e quem passa, pelo caminho começo a cantar: laia laia laia laia laia laia laia laia laia laia laia.


Bruno Alexandre Rocha Silva







INTRODUÇÃO:


"Tropeiro, a passo lento pela estrada, vai levando na bagagem, também sonhos e ilusões” (Licurgo Leão Silveira), deixando aqui a imagem de São João Batista de Tábua e certamente este gesto deu início às celebrações da festas religiosas em nosso distrito, cuja construção do primeiro templo católico se deu em 1765. Mas, o santo festejado era São Sebastião, conforme pesquisas. Já no início de 1900, as festividades passa ser em honra aos santos juninos. No decorrer dos anos, São João Batista foi ganhando espaço e começou atrair multidões rumo ao pequeno distrito.
Apresentação deste trabalho em 28/10/2016, na Escola. 
Recentemente, a festa ganhou o título de “O melhor e maior São João de Minas”. Em 2016, o evento foi inventariado pela Vórtice Consultoria Mineral, atendendo exigências do IPHAN como: Patrimônio Cultural e Imaterial de Morro do Ferro. Nesta mesma época, um grupo de pessoas, elaboraram um documento intitulado de: “Dossiê de Registro Imaterial da Festa de Junho de Morro do Ferro - Festa de São João Batista.” Um trabalho produzido de forma fechada, entrevistando apenas três cidadãs da comunidade, pertencente a mesma geração, discriminando as opiniões das demais.
Com a facilidade de locomoção, um grande número de pessoas se dirigem ao centro urbano de nosso distrito. Este crescimento de turistas, embora muito acima do normal (população 2.300, indo para 10.000), ocorre por um curto período, ou seja: específicos nos dias 23 e 24, entre às 15 à 01h. Mesmo sendo num restrito intervalo, causam impactos que comprometem o evento, as instalações públicas e privadas.
Este projeto, visa mais qualidade à nossa festa, saindo do improviso e organizar de maneira técnica, amparado por leis e com a participação de todas as repartições públicas que se faz necessárias, conforme os seguimentos.


Morro do Ferro, vilazinha querida, onde nasce, onde crescei, onde estudei” e cuidarei com muito carinho. Seguindo esta parte do trecho do hino composto em 1968, por Licurgo Leão Silveira, vejo que não podemos descuidar de nossa terra e assim, tomar providências a fim de propor o equilíbrio do evento e o bem estar da população batistana e romeiros. Portanto, é preciso que a forma de condução dos festejos seja revisto pela comunidade e principalmente pelas comissões, amparados por leis e assim, reunir com a sociedade, sob forma de Audiência Pública e conduzi-los os debates. Devemos transformar os conhecimentos em atitudes e as orações em ações, pois estás são os verdadeiros objetivos da evolução humana.




Não devemos trabalhar na busca de recordes, para não afetar a continuidade e a sustentabilidade do grandioso evento, que deve deixar bom legado em cada edição, permitindo a razão falar pelo coração. Então, não sugerimos nada que comprometa as tradições, pelo contrário: formulamos os aprimoramentos para que as manifestações não se percam frente às mudanças que surgem com o modernismo, ressaltando que a festa não é a mesma e nunca será.
Existe uma divisão no evento: setor religioso e área social. Ambos não ocorreriam separados, pois estão entrelaçados. Com este afastamento, a parte social fica sobrecarregada financeiramente, o que é possível de ser solucionado sem comprometer as finanças da paróquia.

METODOLOGIAS:

Não foi uma tarefa difícil elaborar este projeto, devido ter vivido e observado mais de quarenta festas de junho. Todos nós vimos no decorrer destes anos, grandes transformações sem nenhuma consulta à sociedade, quebrando assim a tão falada “tradição”, sem se preocuparem com a pequenez de nossas infraestruturas, consumindo relevantes quantias de dinheiro num setor e deixando outros a desejar. Ao escrever estas propostas, preocupamos em ouvir e atender os desejos da população, observando as legislações que garantam a realização, a segurança e a singularidade do distrito. Percebemos que existem muitos “disse me disse”, falta de conhecimentos, devido à inexistência de clareza, ocorrida por ausência de diálogo entre os organizadores e a sociedade.
Está, é uma oportunidade que surge para que todos possam opinar e participar da organização da maior festa do distrito, atualmente conhecida como “O MELHOR E MAIOR SÃO JOÃO DE MINAS”. Mas por que este título?
a)      O que é a festa representa para Morro do Ferro?
b)     É a Fé do povo pelo padroeiro?
c)      Um acontecimento que mexe com a economia. Em que sentido?
d)     Momento que o distrito se destaca nas tradições e na fé. Como?
São muitos pontos de interrogação que pairam no ar.
Quantas vezes, ao participar de eventos fora de Morro do Ferro, vimos algo e imaginamos: como isso poderia ocorrer em Morro do Ferro. Chegou a hora de todos mobilizar em favor de nossa maior festa e sobretudo, pelo bem de nosso distrito.
Muitos esperam por mudanças, apontam falhas, mas nunca pensa em agir e é exatamente por querer ô melhor para nossa terra, que propomos este plano.
Para dar legitimidade a este trabalho, divulguemos nas redes sociais, apresentei numa reunião aberta, realizada na Escola Estadual “São João Batista”, no dia 28 de outubro de 2016. Publiquei uma matéria no jornal Ocasional em dezembro de 2016, cujo título foi: “Festa de São João Batista - a resenha de um projeto popular.” Após estas divulgações e contatos intensificados com o público, o projeto recebeu mais indicações.

REFLEXÕES:

Nossa festa não é a mesma e nunca será. Não iremos propor nada que comprometa as tradições, pelo contrário: vamos apontar aprimoramentos para que nossa festa não se perca frente às mudanças que surgiram com o modernismo. Mas, o que é e onde está a tradição?
É bom deixar claro que jamais temos a intenção de dividir grupos ou substituí-los, apenas queremos somar, pedindo abertura e a participação dos que desejarem. Temos que ter liberdade de opinar, desde que essas venham para equilibrar entre os acontecimentos sem esbanjamento de gastos, sem comprometimento das infraestruturas, evidenciando as belezas, a fé e sobretudo respeitando e o meio ambiente. Com este planejamento, esperamos poder celebrar a realização de um evento que atenda as regras básicas do bem-estar de todos e respeitem os mandamentos da igreja católica e as leis.
Para ser bem sucedido, todo evento deverá cumprir três etapas básicas: Antes, Durante e Depois, mas sobretudo ser executado de forma aberta e participativa. Quando organizar a etapa do Antes, o Durante ocorrerá suavemente e o Depois terá maior aprovação da comunidade que dará prazer em ver o Legado deixado em cada edição.
Baseados nestes conceitos primários, abordaremos cada setor, a fim de ser colocado em prática com uma programação sustentável. Todas as fases do evento, precisa ser aberta ao público, assim todos terão direito, voz e o dever de ajudar diretamente na organização.

ANTES DO EVENTO:

Este é o primeiro passo, que poderá dar sequência ou serem rejeitadas derrubado pelos atuais organizadores ou por falta de adesão da sociedade. Se aceito, iniciaremos pelo planejamento, captação de recursos a serem investidos e o responsável por cada setor. Para melhor elaborar e executar os eventos, abordamos a seguir cada tema.

É necessário que os órgãos responsáveis pela liberação dos Alvarás, tenha ciência do espaço, das limitações e da grandiosidade do evento e para tanto não se atenha apenas nos fatos narrados pelo requerente. Que o poder público municipal busque restringir os locais que devem serem respeitados e apresentem alternativas. Que a municipalidade participem ativamente dos acontecimentos festivos.


Estes já são obtidos principalmente com a Festa do Carros de Boi com o tradicional leilão, o que deve ser feito um projeto separado, com a mesmo formato básico: Antes, Durante e Depois. Mas como os recursos são direcionados e será que existem outros meios de capitar mais dinheiro? Será que precisamos investir todo dinheiro arrecadado e deixar de cuidar dos demais setores da comunidade?
Para obter uma arrecadação ainda maior e ajudar nas despesas do evento, deve-se contratar pessoas, oferecendo um percentual x%, a fim de buscar patrocínio, o qual serão exibidos no telão instalado na praça.

“DOMINGOS DE RAMOS”:

Ao participar (12/02/2017) dos preparativos do lançamento da Campanha da Fraternidade, na diocese de Divinópolis, sugeri que a Procissão de Ramos fosse transformada em Procissão de Mudas, assim, ao término do evento religioso, os fiéis, com estímulo do vigário e do poder público, plantará no local adequado. Será então inúmeras árvores que irá embelezar a região e auxiliar na vida de todos nós, gerando: sombra, alimentos, abrigos, ar puro, água, etc.

FESTA DO CARRO DE BOI:

O principal evento que arrecada dinheiro para execução da festa do padroeiro é a Festa do Carro de Boi – Sugerimos que o desfile dos Carros de boi, ocorram na manhã de domingo, pois, o que importa não é quantidade e sim qualidade. Assim os visitantes poderão participar da missa, do almoço e do leilão. Outro ponto que deve ser atendido é o recolhimento das fezes dos animais e o lixo durante o desfile e no dia seguinte proceder a lavagem das ruas. É bom lembrar que este acontecimento possuem Animais como atração principal, então estes merecem serem tratados com carinho, sob supervisão de veterinários e/ou ONGs específicas.

SETOR RELIGIOSO:

MISSAS:
Embora seja atribuição do vigário, podemos propor que os eventos religiosos seja mais participativo e valorizado.
Sugerimos que seja celebradas duas missas nos dias 25 e 26.

PROCISSÃO:

Algumas pessoas disseram que as procissões é um acontecimento que não aparece na festa. Bom, neste caso, não encontramos algo que possa ser indicado, mas vale a pena refletir.

ANDOR DE SÃO JOÃO:

Você já ajudou a conduzir São João Batista na procissão? Se a reposta for NÃO, então por que? Obviamente você dirá que é devido seu peso, que possivelmente gira em torno de 350 kg (andor, imagem e decoração). Segundo nos disseram, só de água embebida nos florais em 2017, foi 250 litros.
Alguns defendem que o peso do andor é uma forma de sacrifício, uma promessa. Não sejamos egoístas, pensemos então naqueles que não tem condições de participar deste momento de devoção, mas são excluídos devido suas limitações físicas, altura e deficiências. Imaginamos que todos devem serem tratados com igualdade pela igreja.
Para facilitar e que todas tenha condições de participar deste momento de fé e devoção ao santo padroeiro, propomos a construção de um andor de rodas. É um carrinho de aproximadamente 1,60m de altura, quatro pneus (tipo carrinho de mão ou roda de bicicleta, moto), barra nas laterais, etc. Assim sendo, até uma criança, um cadeirante, um velhinho terá oportunidade de cumprir seus desejos. Neste andor de rodas, além de transportar São João, poderá instalar um cofre, caixa de som, baterias para iluminação, etc.
a)      O cofre facilitará para que os fiéis contribua mesmo durante a procissão, diminuindo a fila do beijo no interior da igreja que é extensa.
b)     Caixa de Som – utilizando um microfone sem fio, facilitará o vigário na condução da procissão e nas orações durante o percurso, além de poder tocar hinos religiosos, observando para não interferir nas músicas da Lira Batistana.
c)      Baterias e Iluminação – enfeite que foi banido devido ao peso do andor e da imagem.

SERMÃO DE SÃO JOÃO:

Voltar a proferir o sermão e assim exaltar a vida de nosso padroeiro, fazer referência ao cotidiano. Enquanto os fiéis veneram a imagem no adro da matriz e depositam suas contribuições.

FOGOS DE ARTIFÍCIOS:

Uma tradição que faz parte dos festejos, sendo assim indispensável no evento, mas já caracterizam excessos de gastos, como foi mencionado no dossiê.
“O espetáculo pirotécnico da Festa de S. João Batista em Morro do Ferro é uma tradição amplamente reconhecida e apreciada por todos, dada a apoteose do seu fulgor, que hoje supera o evento similar realizado na passagem do Ano Novo no Rio de Janeiro.” (HCO, 2011).
Obs.: HCO –História Contemporânea de Oliveira. Livro de Márcio Almeida e João Bosco Ribeiro. 1961/2011.
Mas, as dúvidas são inúmeras e querer vangloriar essa disputa entre um distrito com uma capital, é no mínimo um descaso com a realidade local:
a)      Quem determina a quantidade dos fogos?
b)     Qual o valor queimado e os gatos com o específico projeto dos fogos?
c)      Quem financia?
d)     Qual a frase empregada para pedir os bezerros e prendas do leilão?
e)      De fato é obedecido as desejos do doador?
f)       Então deveria marcar cada bezerro com uma letra “F” de foguetes. Assim teria um controle na quantidade a ser queimado.
g)      Mas, e se apenas 10 ou 150 (média conseguida de 180 animais) impor que sua doação é para os fogos?
h)     Imaginem no decorrer dos anos, quanto de dinheiro viraram fumaça?
i)        Será que alguém teria coragem, no ato da queima, anunciar o valor gasto?
Será que é correto queimar 15 minutos de fogos e deixar outros setores da festa desassistidos? Isso deveria ser reduzido para 1/3 (cinco minutos) e consequentemente o custo cairá e deveria ser empregado em algum seguimento da festa e/ou nas infraestruturas comunitárias, tais como: fonte de São João, Chafariz no adro da igreja Matriz, São Comunitário, construção de dois cômodos debaixo do adro da igreja matriz, etc.

CASCATA PIROTÉCNICA:

Devido ô local onde queimam a cascata pirotécnica de São João e outros santos celebrados, estarem abaixo do nível do adro da igreja, apenas as pessoas que ficam na frente tem o privilégio de assistirem a descerramento da estampa do homenageado. Sugerimos que a base do quadro, seja instalado há 6 metros de altura, pois assim poderá ser visto por todos que se encontram nas mediações.


ALVORADA:

Acontecimento marcante da Lira Batistana, que percorre algumas ruas do distrito, na madrugada do dia 24, finalizando com um saboroso café comunitário.

CONFETES:

Ainda é possível encontrar papel metálico, seis meses após serem lançados da torre da igreja, quando a imagem de São João Batista chega da procissão, na noite de 24/06. Estes confetes são papel laminados que levam de 100 a 500 anos para se decomporem. Transportados pelo vento, estes objetos atingem até 5 km da ponto de lançamento. Com isso temos claramente a poluição ambiental de nossa região, podendo até causar a morte de animais que o ingerir.
Caso queiram lançar confetes, que estes sejam de papel comum, multicor. Também temos outras opções: bolinha de sabão, fumaça de cheiro, fumaça colorida, jogos de luz. Na abertura da festa que ocorre às 11h do dia 23, uma dessas manifestação ficará legal.

FOGUEIRAS:

Fazendo coro às inúmeras Campanhas da Fraternidade que a igreja católica tem lançada cujos temas são direcionados ao cuidados com o Meio Ambiente, o projeto elaborado em 2009 e aperfeiçoado no decorrer dos anos que rejeitaram, possuem sete laudos técnicos, carta da CNBB/Brasília, apoio total dos órgãos do setor e da imprensa. Para este ano de 2017, a CF terá como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”, o que é uma continuidade do movimento lançado na CF do ano passado.
Vemos com surpresa uma justificativa que vão contra os princípios legais, imoral e mentiroso, afrontando uma comunidade sangrada por tantas atrocidades ambientais. Veja a publicação contida no dossiê:
“Segundo os entrevistados, por consenso, trata-se de lenha comum, recolhida na Fazenda Batalha, cujas fogueiras são montadas, atualmente, por Jerônimo Guido Pio e seus filhos. Darcy Andrade resgata que “a madeira branca das fogueiras é doada pelos bisnetos do coronel Andrade, retirada por um grupo de lavradores da região do Corredor, liderados por Clemente de Paula. A doação da lenha das fogueiras faz parte da tradição da família Andrade.”
Estas devem ser ecológicas (eucaliptos) e poderíamos construir uma no último dia, e assim, com a calmaria do final de festa, possamos confraternizar. Devemos solicitar o apoio do CODEMA, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, IEF, etc.
Será que ainda vão continuar denegrindo a imagem da nossa paróquia?

CINZAS DAS FOGUEIRAS:

Deve ser aproveitado para adubar as plantas de nosso jardim, formação de mudas, etc. Quem sabe até ser vendida em pacotes de 500 gramas (enriquecida com casca de ovos abundante nas fábricas de biscoitos, borra de café, etc.) como: “Adubo São João.” Além de alimentar as plantas com produto orgânico, também fortalecerá a crença dos devotos.
Também sugerimos que parte das cinzas deve ser guardada (caso transforme a procissão de Ramos em procissão de Mudas) para ser utilizada na missa de Quarta-feira de cinzas.

GRUTA E ÁGUA DE SÃO JOÃO:

Incentivar a tradição, mas fazer análise da água e caso dê imprópria para uso humano, divulgar e buscar encontrar alternativas.
Colocar segurança na madrugado do dia 24, momento em que muitos fiéis vão ao local.

LIRA BATISTANA:

Valorizar essa corporação musical fundada em 1892, que é formada por nossa gente, tal como valorizamos uma banda que cantam duas horas no palco e leva uma quantia enorme de dinheiro, perante as apresentações de nossa lira.

TELÃO E SOM:

Na porta da igreja, para transmissão dos atos litúrgicos, sermões, etc. Este som poderá ser duas caixas amplificadas que ficará permanente colocadas nas duas janelas frontais da igreja.

TRANSMISSÃO FM:

Na década de 90, os atos litúrgicos eram transmitido pelo sistema FM, onde as residências da região podia acompanhar as celebrações, além dos avisos de utilidade pública e oferecimento de música nas horas que não ocorria atos religiosos. Existe um canal liberado pela ANATEL, de uma Rádio Cultural FM Batistana, então seria uma boa oportunidade para o retorno deste serviço que agradava a todos.

Este setor corresponde os seguimentos que não ocorrem no interior da igreja e sim nas ruas do distrito, embora um completa ou outro. Sendo assim, a exclusão ou a má condução de alguns deles, afeta a qualidade e a segurança do evento.

PR

PRAÇA CORONEL JOSÉ MACHADO:

Ao tomar essa dimensão, a referida praça não comporta a multidão, comprometendo a segurança dos frequentadores e até as plantas do jardim – nosso Cartão Postal. Assim propomos uma reparação, uma análise mais profunda, onde possamos dedicar melhor aos acontecimentos. Decentralizar o movimento, expandir os espaços das barracas pode ser uma das soluções para que as famílias votem a participar dos eventos de rua.

ILUMINAÇÃO:

Especial na área das barracas de alimentação, pois é um local muito escuro e de intenso movimento.

JARDIM:

Devemos ter atenção aos canteiros de nossos jardins para que ninguém pisoteie e monte algo na grama (barraca, mesa, churrasqueira, etc.). Isto poderá ser solucionado com aparato natural, conhecido como cerca viva (já existem pingo de ouro em alguns trechos). Até fechar por completo, deve-se ser instaladas cerca artificial e instruir os seguranças para reprimir os que ocupam locais indevidos. Uma das sugestões é esticar cordas com bandeirinhas, propagandas e com desenhos escolares alusivo há algum tema morroferrense.

LEI ROUANET e/ou FEC:

Fazer projeto para a Lei Rouanet e/ou FEC (Fundo Estadual da Cultura) a fim de financiar os shows e outras atrações públicas. Ambos deverão contar com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Oliveira. Teríamos uma considerável economia financeira.

SHOWS:

No passado, cada barraca exibia suas atrativas apresentações e dispunha de local para os clientes assentarem, bater papo e curtir. Muitos lembram do Gote com a sanfona na barraca do Claudinho, o toca disco na barraca do Dú, o Jaburu num canto, etc. Era uma festa familiar.
Introduziram os shows em 2012, que nos anos seguintes foram assumidos pela Associação Comunitária “São João Batista”, fugindo assim do seu verdadeiro papel de prestação de serviços à sociedade, conforme estatuto, cujos recursos das subvenções municipais e outras arrecadações são consumidos nestes eventos, além de arcar altas dívidas.
Só numa noite de 24 de junho de 2013, foram empregados nada menos que R$ 25.500.00 ((19.500,00 para a banda de Divinópolis e 6 mil com gerador elétrico, além de outros gastos), fora a queima dos foguetes. Transformaram a festa religiosa em mais um “carnaval” com ritmos vulgares, incitando a violência, apresentados numa praça comprovadamente insuficiente para comportar grandes aglomerações.
Deveria ser shows característicos com a época e ofereçam espaço e condições para exibições de eventos culturais.
Apresentamos sete alternativas.
a)      Shows para o Parque de Exposições.
b)     Levar o Evento para o Campo do Aliança.
Para tal, estes locais (a ou b) devem estar devidamente preparados para atender os frequentadores e cumprir exigências do Corpo de Bombeiro, da Policia Militar, etc. Permitir a montagem de barracas de alimentação e procurar fazer algum evento durante o dia.
Sendo assim, obedecerá o mesmo cronograma (Antes, Durante de Depois) deve ser obedecido.
Poderemos cobrar um quilo de alimento não perecível (neste caso, fazer parceria com instituições – ACOM, APAE, VICENTINOS, AZILOS, etc. - e que as mesmas ficam responsáveis pelo recolhimento dos donativos). Veja que bacana: festa de Morro do Ferro contribui com “X” alimentos para a instituição, o que será um grande legado. Instalar ponto de vendas (caminhão baú, por exemplo) de alimentos próximo ao local do show, onde o lucro da venda destes produtos serão divididos para a parte religiosa e social da festa. Oferecer espaço para barracas na rua em direção ao evento e no respectivo local.
c)    Reposicionar o palco de modo que fique de frente para a igreja matriz, liberando a extremidade do área. Assim, parte das barracas deverão serem instaladas do lado direito do palco e descendo a Avenida Waldemar Fernal. Como a posição passa nesta rua, devem então permitir apenas barracas que não vedem bebidas alcoólicas. Lembramos que o palco possui 8x10 metros de frente.
d)   Não instalar barracas no passei do jardim, lateral do palco. Assim abriremos mais espaço para os shows, contudo devem instalar obstáculos para que não ocupem o gramado do jardim.
e)    Montar o palco mais ao fundo da área, próxima à arvore de manga. Assim o trânsito fica fechado e desviado.
f)    Deixar apenas o palco próximo à mangueia e a área (largo) totalmente livre.
g)   Transferir os grandes Shows para uma data fora do calendário junino, no parque de exposições e lá cobrar o ingresso e assim salvar o dinheiro gasto.
h)   Caso nenhuma dessas sugestões sejam aceitas, então continuemos como já fazem e assim correndo os eminentes riscos, não teremos condições de contribuir com as entidades acima mencionadas, deteriorar nosso jardim e não permitirem que famílias marquem presença na parte social.

VIRADA DIA 23/24:

Algumas pessoas defendem que a Hora da Virada é um evento extremamente religioso e por isso não combina com o ambiente onde se acontece, pois é destinado ao social, onde ocorrem os shows, barracas, venda de bebidas alcoólicas. Quem sabe não se realiza no adro da igreja?

PALCO INTERATIVO, TELÃO E SOM NA PRAÇA:

Para atender a quadrilha, Hora da Virada, exibição de peças teatrais e culturais, contador de causos, mensagens educativas - nos principais dias de festa. Serão exibidos os trabalhos prestados pelas entidades que possivelmente receberão os alimentos dos shows. A fim de valorizar nossa terra, também exibirá nossas belezas, campanhas educativas, avisos de utilidade pública, etc.

QUADRILHA:

Atualmente é realizada no dia 22, o que deveria estender para os dias principais da festa – 23 e 24, podendo assim seguir um cronograma: dia 22 o namoro, dia 23 o noivado e dia 24 o casamento, muito bem encenado pelos artistas da terra: Antônio Elias, Rozovete e Silvana.

SEGURANÇA:

Melhorar a segurança e patrulhar as demais ruas. Atenção em alguns pontos de ruas por onde passam a procissão, Gruta de São João. Caso necessário; instalar placas proibitivas de estacionar ou manter fiscalização em pontos cruciais.



BARRACAS:

Nenhuma barraca deve ser montada no passeio lateral do jardim (lado direito e esquerdo), pois assim todos terão condições de apreciarem nosso cartão postal. Apenas permitir montagem de vendas no passeio, sem nenhuma estruturas física, como varal, balões, etc.
a)        Estipular preço justo pelo espaço ocupado, que deverá ser pago antecipado mediante boleto bancário. Isso evitará possíveis calotes e garantirá a lisura da gestão.
b)       Enformar antecipadamente sobre as determinações do corpo de bombeiros e vigilância sanitária. Que todas coloquem duas lixeiras (lixo molhado e lixo seco) e um cartaz anunciando: Temos lixeira.
c)        Facilitar e incentivar para que as pessoas de nosso distrito possam colocar barracas. Assim estaremos contribuindo para que mais dinheiro fique em nossa comunidade.
d)       Oferecer banheiros e banhos 24 horas e de graça a estes trabalhadores.
Montar uma barraca com produtos alimentícios produzidos em nossa terra, tais como: biscoitos, cachaça, doces, etc., além de comida e bebida juninas. Artesanatos que lembram nossa terra, como: São João Batista de Tábua, bordar toalhas com a fachada da igreja matriz e capelinha. Prestação de serviços como: achados e perdidos, avisos públicos, etc. Essa barraca poderá ser decorada com fotos dos pontos turísticos naturais da região, tiradas pelos batistanos Saulo Guglielmelli e Piter Matos, tais como: voçorocas, cachoeiras, pedras, capelinha, etc.

BANHEIROS:

Limpeza impecável nos quatro pontos de banheiros (coreto, contêineres, praça de esportes e torre de telefone). Importante salientar que já não podemos contar com os 8 chuveiros existentes na praça, que após a reforma, foram reduzidos para dois (01 masculino e outro feminino). É preciso rever este problema.

LIXEIRAS:

Espalhar lixeiras e recolher o lixo durante o evento com carrinho, além da limpeza geral pela manhã de cada dia, sendo que o reciclado deverá ser devidamente separado e encaminhado.
No final das saídas dos locais de praça (barracas) de alimentação, também devem colocar lixeiras.

LIXO RECICLÁVEL:

Construir um carroção para recolher estes materiais diariamente e depositar no local adequado.

LIMPEZA:

Jogar água e desinfetante nas ruas, e quem sabe nas manhãs de cada dia de festa. Isso oferece conforto aos visitantes e demonstra o carinho para com os festejos e o lugar.


ESTACIONAMENTO:

No campo do Aliança, caso não tenha shows lá, ou então, procurar outro local para estacionamento. Neste caso fazer ampla divulgação e proibir estacionar em pontos que prejudiquem o ir e vir e a passagem da procissão de São João Batista. 

FAIXAS:

Fixar algumas faixas desejando boas-vindas e outras citações, além da faixa que instalam na entrada do distrito.

MANTER OU ATÉ MELHORAR:

Vistoria pela Vigilância Sanitária nas barracas de alimentação, Posto de Saúde, Brigadistas e Ambulância nestes dias de aglomeração.

DURANTE A FESTA:

Montar um ponto onde concentrarão toda organização, informação, colher sugestões e fiscalização, dessa forma, ficaremos atentos aos improvisos que ocorram e as soluções. Podendo ser na Barraca de Morro do Ferro.

DEPOIS DO EVENTO:

Prestação de contas, apontar e anotar as falhas e possíveis correções.

LEGADO DO EVENTO:

Com este planejamento, esperamos poder comemorar a realização de um evento que acatou as regras básicas do bem-estar, equilibrando gastos e atendendo as necessidades humanas, respeitando os demais seres vivos.
As sobras dos recursos serão investidos na paróquia e nas infraestruturas do distrito e ampla divulgação para que todos possam dizer: Valeu a pena modernizar.

SUGESTÕES:

presentaremos algumas sugestões que também serão úteis no dia-a-dia de nossa comunidade. É preciso que todos encontrem estímulo para expressarem suas ideias e ao mesmo tempo as portas abertas para ajudarem na sua implantação.


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HOLOFOTES FRONTAL DA MATRIZ:

Mudar o local do poste e trocar a cor das respectivas lâmpadas que iluminam a fachada da igreja e do jardim. O poste está jogando o foco direto no altar, o que prejudica a visão, os registros fotográficos e filmagens. A sugestão da substituição da cor das lâmpadas é para diferenciar com a coloração da iluminação de rua e assim dar evidência ao jardim e fachada da igreja. Também, instalar um poste no final dos canteiros do jardim, a fim de iluminar o “largo”.


CHAFARIZ DE SÃO JOÃO:

Localizado no adro da igreja. Devido ocupar espaço estratégico e possuir sérios problemas de execução, refaze-lo na escadaria do jardim.

SANTUÁRIO DE SÃO JOÃO BATISTA:

Sugestão do padre José Júlio, sendo acatado pelo vigário padre Jailson. Valorização de nossa paróquia e comunidade, trazendo turistas o ano todo. Criar espaço para os romeiros.

CAPELA DAS VELAS:

Uma festa grandiosa como a de São João e o desejo de se transformar em Santuário, é hora de planejar a Capela das Velas e assim os devotos poderão cumprir seus desejos.

SALÃO COMUNITÁRIO “Dona Neném Resende”:

Atenção ao prédio inaugurado em 25 de agosto de 1984. Ele sempre serviu à comunidade, principalmente a paróquia e a prefeitura, encontra-se em estado precário. Iniciando em janeiro, a Diocese conseguiu direito de cessão de uso do prédio por 20 anos, ou seja: até dezembro de 2037, sendo assim assumindo toda responsabilidade de conservação e manutenção.

GRUTA DE SÃO JOÃO:

Embora não conheço, existe um projeto para este local. Quem sabe furar a rocha em forma de gruta?

CAPELINHA:

Verificar as condições de acesso à Capela de Nossa Senhora de Lourdes, instalar lixeiras, testar a iluminação, etc. Este local também recebe visitas durante os dias de festas.

BEBEDOURO NA PRAÇA:

Atualmente, é montado um tanquinho ligado à rede de água e esgoto do SAAE, para saciar a sede das pessoas na festa.
Construir um bebedouro permanente na praça (quatro torneiras), com arquitetura específica que nos remetem algo ligado à nossa terra.

CONSTRUÇÃO:

Um cômodo (almoxarifado, garagem, etc.) debaixo do adro da igreja, com aproximadamente 20x8m e pé direito de 2 metros, podendo ser rebaixado. Então, este poderia ser dividido, atendendo as necessidades da paróquia e do poder público municipal.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA “SÃO JOÃO BATISTA”:

Desejamos que essa nova diretoria, não seja um instrumento direcionado apenas na realização de festas, pois são várias as necessidades de nossa comunidade, cujo estatuto da ONG (fundada em 1982) é completamente amplo. Que as subvenções do município contemple elaboração e até firme parcerias na execuções de projetos baistanos.

CONCLUSÕES:

Estas e outras propostas serão um desafio, porque já conhecemos o resultado e a fórmula do velho, no entanto está pautado em regras completamente possíveis e necessárias de serem implementadas com sucesso. Para tal, sabemos que necessitam contar com o apoio do Pároco, da Associação Comunitária São João Batista, da Administração Distrital, Prefeitura, Câmara de Vereadores, Judiciário e demais autoridades e sobretudo da comunidade, mostrando zelo pela nossa terra, o que servirá de referência para demais manifestações populares no distrito.
Lembramos que não devemos medir os gastos na execução de nenhum setor do evento, para que ocorra dentro das leis e do respeito com a comunidade e aos visitantes. Neste sentido, devem observar o máximo e mostrar zelo pela nossa terra, cumprindo os bons ensinamentos de nossa igreja e dos conhecimentos adquiridos no decorrer de nossas vidas.
Caso queira colocar em prática este projeto, é necessário distribuir cuidadosamente as tarefas, conforme a capacidade de cada cidadão.
Esperamos contribuir com o lançamento deste projeto a fim de sair da mesmice e provocar diálogo com transparência, respeito e responsabilidade na condução da Festa de Junho, o que servirá de referência para outros festejos morroferrenses e demais localidades.


Este projeto estará sujeitos à alterações, conforme sugestões e demanda da comunidade.


Ildeano Silva
Avenida José Silveira, nº 118
CEP: 35-541.000
Morro do Ferro/MG.

Fone/Zap: (37) 99954-5908
E-mail: ildeanoss@gmail.com
Face: ildeanosilva
Blog: ildeano.blogspot.com





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