Agenda XLI de Morro do Ferro, lançada em abril de 2019 por Ildeano Silva.
CRIANÇAS CHORAM
NO DIA DA PADROEIRA, em Morro do Ferro. ANIMAIS MORRERAM NA FLORA DEVASTADA por
uma cruel tradição. Coloquem do outro lado e verás que isso é insustentável
socialmente, religiosamente e ambientalmente.
FÉ NO CORAÇÃO E FOGUETE NA MÃO.Em pleno século XXI os seres
pensantes ainda manifestam sua fé deste jeito, para todos verem e
sentirem o
impacto provocado por um dia de bombardeio. Chamam de tradição, iniciada com
foguetes de três tiros e rapidamente substituídos pelos rojões de doze explosivos.
Como se não bastassem os transtornos aos animais domésticos e selvagens, por
exemplo: o Chico (pássaro preto que foi matéria no programa da Ana Maria Braga
da TV Globo) esteve na minha casa tremendo, onde até uma amiga veio ver se
realmente ele estava aqui.
As gatas da casa de minha mãe correram apavorados para debaixo das camas.
O gato de minha casa desapareceu.
A cachorra Megui veio refugiar na minha casa, mas aqui também estouravam.
vários cachorros corriam desnorteados pelas ruas e onde eles iam uma bomba
explodiam.
Uma Calopsita desaparecida.
As galinhas de uma vizinha cacarejavam.
Somado a tudo isso, ainda ocorreu um grande incêndio que consumiu mais de 5
hectares de uma voçoroca estabilizada, repletas de árvores, matando inúmeros
animais que ali habitavam (filhotes de pássaros nos ninhos, lagartos, cobras,
tatus, tamanduás, gambas, etc).
Frutas e verduras dos quintais viram cinzas.
Mãe e filha que são alérgicas à fumaça, tiveram que refugiar na casa de
parentes.
Aproximadamente 15 casas quase foram dizimadas pelo fogo, onde os moradores
esvaziaram suas caixas d'água para conter.
Foram momentos de pavor, descreve um depoente. Crianças chorando em meio a um
mundo orquestrado por marmanjos que não conseguem enxergar o males que fazem.
Homens e mulheres carregando baldes de água para defenderem suas moradias. Uma
cena de guerra entre homens e natureza ou natureza e os homens, onde não
existem vencedores.
O Corpo de Bombeiros compareceu mais tarde porque debelavam incêndio em
Oliveira. Defendemos uma investigação para cobrar os inúmeros prejuízos
ambientais e até sociais. Obrigar a reflorestar a área devastada, reparar os
danos causados para cada morador.
Duas pessoas quase foram queimadas durante a procissão de Nossa Senhora
Aparecida. Com medo, elas deixaram o ato religioso e foram embora para suas
residências.
Creio que este tipo de manifestação jamais garantirá uma vaga no céu, pelo
contrário: terás uma dívida a ser reparada na terra.
Será que isto é correto? Onde está a tal racionalidade? Isso é mesmo uma
atitude religiosa?
O que a Igreja Católica pode e deve fazer para acabar com este excesso chamado
de tradição, que só causa transtornos, queimam dinheiro, causam incalculáveis
prejuízos ambientais, liquidam vidas, etc.? Eu acredito em Deus, no Criador,
nas pessoas que foram santificadas devido seu exemplo de vida, mas jamais
usarei minha crença para perseguir, prejudicar minha terra e tudo que nela
vive. Muito pelo contrário, faço minha parte para que amanhã ninguém sofra
pelas consequências negativas de hoje.
É preciso um grande trabalho educacional e reparador, para que os limites sejam
de fato respeitados, em prol de uma exemplar evolução, onde a comunidade seja
capaz de saber os riscos, os danos, reconhecer os limites e assim evitar tais
atitudes. Acho que eu não posso extravasar minha fé ou manifestar minha
satisfação por um time de futebol ou um ídolo, incomodando terceiros e muito
menos expondo as vidas e as benfeitorias públicas e privadas em risco.
É hora de refletir o que fizemos ontem para não ser punido amanhã. Uma punição
judicial ou até mesmo pela própria consciência. Assim não fazer parte desta
brutalidade que comentem com a vida.
CRIANÇAS CHORAM NO DIA DA PADROEIRA, em Morro do Ferro. ANIMAIS MORRERAM NA FLORA DEVASTADA por uma cruel tradição. Coloquem do outro lado e verás que isso é insustentável socialmente, religiosamente e ambientalmente.
FÉ NO CORAÇÃO E FOGUETE NA MÃO.Em pleno século XXI os seres
pensantes ainda manifestam sua fé deste jeito, para todos verem e
sentirem o
impacto provocado por um dia de bombardeio. Chamam de tradição, iniciada com
foguetes de três tiros e rapidamente substituídos pelos rojões de doze explosivos.
Como se não bastassem os transtornos aos animais domésticos e selvagens, por
exemplo: o Chico (pássaro preto que foi matéria no programa da Ana Maria Braga
da TV Globo) esteve na minha casa tremendo, onde até uma amiga veio ver se
realmente ele estava aqui.
As gatas da casa de minha mãe correram apavorados para debaixo das camas.
O gato de minha casa desapareceu.
A cachorra Megui veio refugiar na minha casa, mas aqui também estouravam.
vários cachorros corriam desnorteados pelas ruas e onde eles iam uma bomba
explodiam.
Uma Calopsita desaparecida.
As galinhas de uma vizinha cacarejavam.
Somado a tudo isso, ainda ocorreu um grande incêndio que consumiu mais de 5
hectares de uma voçoroca estabilizada, repletas de árvores, matando inúmeros
animais que ali habitavam (filhotes de pássaros nos ninhos, lagartos, cobras,
tatus, tamanduás, gambas, etc).
Frutas e verduras dos quintais viram cinzas.
Mãe e filha que são alérgicas à fumaça, tiveram que refugiar na casa de
parentes.
Aproximadamente 15 casas quase foram dizimadas pelo fogo, onde os moradores
esvaziaram suas caixas d'água para conter.
Foram momentos de pavor, descreve um depoente. Crianças chorando em meio a um
mundo orquestrado por marmanjos que não conseguem enxergar o males que fazem.
Homens e mulheres carregando baldes de água para defenderem suas moradias. Uma
cena de guerra entre homens e natureza ou natureza e os homens, onde não
existem vencedores.
O Corpo de Bombeiros compareceu mais tarde porque debelavam incêndio em
Oliveira. Defendemos uma investigação para cobrar os inúmeros prejuízos
ambientais e até sociais. Obrigar a reflorestar a área devastada, reparar os
danos causados para cada morador.
Duas pessoas quase foram queimadas durante a procissão de Nossa Senhora
Aparecida. Com medo, elas deixaram o ato religioso e foram embora para suas
residências.
Creio que este tipo de manifestação jamais garantirá uma vaga no céu, pelo
contrário: terás uma dívida a ser reparada na terra.
Será que isto é correto? Onde está a tal racionalidade? Isso é mesmo uma
atitude religiosa?
O que a Igreja Católica pode e deve fazer para acabar com este excesso chamado
de tradição, que só causa transtornos, queimam dinheiro, causam incalculáveis
prejuízos ambientais, liquidam vidas, etc.? Eu acredito em Deus, no Criador,
nas pessoas que foram santificadas devido seu exemplo de vida, mas jamais
usarei minha crença para perseguir, prejudicar minha terra e tudo que nela
vive. Muito pelo contrário, faço minha parte para que amanhã ninguém sofra
pelas consequências negativas de hoje.
É preciso um grande trabalho educacional e reparador, para que os limites sejam
de fato respeitados, em prol de uma exemplar evolução, onde a comunidade seja
capaz de saber os riscos, os danos, reconhecer os limites e assim evitar tais
atitudes. Acho que eu não posso extravasar minha fé ou manifestar minha
satisfação por um time de futebol ou um ídolo, incomodando terceiros e muito
menos expondo as vidas e as benfeitorias públicas e privadas em risco.
É hora de refletir o que fizemos ontem para não ser punido amanhã. Uma punição
judicial ou até mesmo pela própria consciência. Assim não fazer parte desta
brutalidade que comentem com a vida.
POR QUE SOMOS REFÉNS?
A comunidade
morroferrense está a mercê de um sistema que poderia ser sanado se houvesse
mais equilíbrio nos gastos e planejamento dos eventos. As sobras seriam
investidas em nossas infraestruturas, ampliando parcerias público-privada.
Enquanto formos reféns da fé e permanecermos aprisionados na lona do circo,
iremos continuar sendo vítimas das alienações, aguardando a vinda dos
tropeiros.
No momento, podemos
dizer com clareza que o amanhã será a réplica do ontem porque o hoje nos revela
o caminho que percorremos é o mesmo, onde imaginamos marchar rumo a um oásis,
cujos avistamentos não passam de sedutoras miragens. Depois de mais um trajeto
supostamente atingido, temos que relaxar sobre uma rústica pedra, debaixo do
sol ardente, buscar forças para mais uma improdutiva temporada.
O distrito caminha
para celebrar (novembro) 176 anos e ainda não alcançamos a maioridade
administrativa que está longe das atuais regras legais. Assim, já se foram
quase dois séculos, mas não foram o suficiente para entendermos que somos
Distrito. Imaginamos que dependemos totalmente de lá e não de nossos gestos
enquanto sábios e guerreiros cidadãos morroferrenses.
Quantos "palcos"
erguemos, desmontamos e ainda não tivemos a capacidade de enxergar o que
permanece, a não ser um espaço vazio à espera de mais um palanque recheado de
sonhos às custas do suor de um povo, que nunca tiveram oportunidade de
experimentar a ousadia da transformação.
Os impérios
comunitários promovem brilhos que bruscamente apagam as ilusões de mais um
dever cumprido e vozes que após os aplausos são silenciadas por uma realidade
já vislumbrada nos bastidores, que rapidamente desfaz o que foi dito e assim nos
preparamos para mais um replay de um “grande passado pela frente”, disse minha
amiga via zap.
Todos sabem que o
poder público governa com estatísticas, demandas ou sejam: seus investimentos
são direcionados para atender o maior número de pessoas e também para aliviar
as cobranças que a sociedade fazem em seus gabinetes.
Já caminhamos ao
lado de "grandes" chefes, sentamos em cobiçadas cadeiras, manuseamos
respeitadas canetas, participamos de inúmeras reuniões e vimos claramente onde
estão nossas fraquezas ou pecamos nos excessos. Contudo estamos num dilema:
continuemos nas arquibancadas ou assumimos o picadeiro? Se fossemos mais
ousados, os políticos seriam nossos parceiros e dependentes.
Até hoje, por medo
de perder o prestígio e o mandato, nossas lideranças falam o que a sociedade
desejam ouvir e não o que devem ouvir.
No entanto, nossa
potência é consumida nas idas e vindas e aí perdemos a capacidade de
raciocinar, de encontrar saídas que podem estar ao nosso lado. Somos vencidos
pelos desalentos, pela fragilidade de planejar, de mobilizar, de articular o
novo, de usar referências sobre o sucesso de outras comunidades que venceram
causas semelhantes ou até infinitamente superiores.
Assim sendo, olhemos
com atenção nossa situação distrital. Contentamos com migalhas, com improvisos,
com remendos que são manipulados a conta-gotas.
Tudo isto porque
somos desprovidos de compromissada força política, onde a maioria dos cargos do
executivo, legislativo estão ocupados e instalados na sede. Temos 2060
eleitores e 2300 habitantes aproximadamente, muito abaixo da maioria dos
bairros da cidade de Oliveira. Sendo assim, as cobranças são maiores lá, então
os governantes obviamente vão buscar atender o mais rápido possível, observando
beneficiar grande parte da população.
Com essas
desvantagens, vemos que nos restam são sobras mesmo, vindas por atitudes ao
extremo, que não dá mais para ser adiada.
Dessa forma, se
quisermos proporcionar melhores condições de vida para nós e para os que virão,
necessitamos rever este jeito de Amar Morro do Ferro.
Somos capazes sim,
bastando colocar a “mão” na consciência, refletir muito sobre as "águas”
que se foram, começar a atuar para salvar as infraestruturas existentes e
depois planejar novas conquistas. Tudo isso será real a partir do momento que
oferecermos as contrapartidas e anualmente teremos o prazer de inaugurar uma
obra pública, com a participação direta da sociedade.
A parceria
público-privada é o caminho mais fácil e rápido para solucionar os gargalos que
há décadas nos incomodam e acumulam. São desafios que temos plenas condições de
vencerem, cujos legados serão as glórias de nossas batalhas.
Já temos exemplos
que funcionou muito bem: as obras ambientais, restauração do busto do
Miguelzinho e construção do prédio do Velório. Precisamos empoderar de nossa
terra e tudo que nela exista ou possa existir.
A partir do momento
que reconhecermos a necessidade renovar nossas atitudes, enfrentar os desafios
que omitimos, unir as entidades, reduzir gastos com algo que se desfaz
rapidamente, teremos no mínimo uns cinco anos de continuo trabalhos afim de
sanar estes e outros problemas. Então vamos sair das lamentações? Da espera, do
comodismo.
Vamos transformar
nossa terra em um Distrito Sustentável.
Uma comunidade quase
que independente e não dependente de tudo, que faz acontecer.
Ai, teremos um
distrito alto sustentável, onde os políticos vão ser parceiros em cada obra
popular.
A primeira inciativa
ocorrerá quando portas se abrirem, plenário for lotado e a mesa dispuser
dialogar, encontraremos a trajetória do horizonte florido.
Eu penso assim, e
você? – Ildeano Silva.
POR QUE SOMOS REFÉNS?
O
MAIS CARO SÃO JOÃO DE MINAS, nos revela algo preocupante todos os anos.
Chega São João, passa São João e nós ainda preocupamos em bater recordes, sem
levar em conta as deficiências de nosso Distrito, tanto para nos atender no
decorrer dos anos, quanto para oferecer o bem-estar daqueles que nos visitam
nos momentos festivos. Dedicamos com os shows e com as saraivadas dos foguetes,
economizamos na higiene, na limpeza das ruas, nos sanitários e que se dane o
meio ambiente.
Nesta festa junina deu de tudo: ruas abarrotadas de lixo e ausência de
lixeiras, banheiros fedorentos, sujos, imundos. Coitadas das mulheres em terem
que usar essa porqueira e sem falar no banheiro masculino do coreto que teve
que ser interditado justamente no horário de pico, noite de 24.
Teve princípio de incêndio ocasionados pelos fogos na abertura às 12
horas do dia 23 colocando residências em riscos. E por falar em foguetes, devem
terem queimados no total, uns 48 minutos de foguetes cujo custo ainda não
sabemos, mas devem ser uns R$ 50.000,00. Somente na chegada de São João foram
12 minutos e 45 segundos. Como todos sabem, a igreja possui uma hierarquia e
acima do padre temos o bispo que condenou publicamente os excessos de gastos da
igreja, mas isto nos parece terem desrespeitados, vistos a quantidade de fogos.
Ficamos parcialmente sem energia na noite do dia 23, o que ocasionou
prejuízos comerciais para muitos barraqueiros, além dos transtornos
residenciais. Dizem que é fruto de “gato” por parte de um barraqueiro, que
gerou curto na rede da Cemig. Só na minha casa foram quatro lâmpadas queimadas
no momento.
As fogueiras continuam de árvores nativas sendo queimada dentro do adro
da igreja. Sem dúvida é um ato que não contribui para a valorização e
preservação da natureza esbarrancada que nos rodeiam. Não entendemos os motivos
que levam a preservarem as imensas florestas de eucaliptos que cobrem nossa
região e preferem suar a imagem de uma instituição que se julga falar e atuar
em nome de Deus. Em julho do ano passado reunimos com o pessoal da igreja que
disseram que iriam fazer alguma atividade ambiental a fim de compensar estas
queimas, mas até o momento, desconheço essa tal atitude. Então onde está a
responsabilidade da igreja na formação de uma sociedade que respeita a natureza?
Registramos ausência de lixeiras para atender a demanda, falta limpeza
durante o evento, além de campanhas informativas e educativas. Pedir para cada
barraqueiro disponibilizar pelo menos duas lixeiras do lado externo.
Os canteiros do jardim, o que deveria ser cartão de observação
desapareceu em meio à multidão. É lamentável presenciar que a prefeitura parece
manter distante a tudo isso.
As ruas ficaram tomadas de barracas, cujos aluguel do espaço vai tudo
embora para financiar um custo elevado da chamada festa social; não cultural;
não junina, não de valorização local. Dos aproximadamente 80 pontos alugados,
somente quatro foram de Morro do Ferro e os mesmos não tiveram nenhuma
compensação por se tratar de serem pessoas da comunidade, pois isto seria uma
forma de incentivar que outros venha ganhar dinheiro durante o evento.
Para muitos, no dia 26 (terça-feira) teve muita mais gente do que no dia
do padroeiro (domingo) e isto nos revela que a religiosidade está caindo,
porque nós mesmos estamos transformando uma festa que surgiu dentro da igreja
em um evento de cultura nacional.
Onde fica a tão falada tradição? Bom, pelo jeito essa palavra serve
apenas para tentar argumentar certas atitudes, o que não é verdade se puxarmos
a história da verdadeira festa junina que acontecia em nossa comunidade.
Conhecemos todos os componentes das duas comissões encarregadas para
executar o evento e sabemos muito bem da idoneidade deles, são gente boa sim e
trabalham muito para que a festa aconteça, só que estão seguindo um modelo que
prejudica muito nossa comunidade. Sabemos que parte das arrecadações são graças
às doações dos moradores porque eles gostam da festa, mas será que foram
ouvidos? Será que mostraram para eles que podemos ter a festa e aplicar as
sobras em algo que precisamos no dia-a-dia? Mas será que eles doariam se parte
deste recurso fosse reservado para serem investido no Distrito? Creio que sim,
pois amam nossa terra. Assim sendo inauguraríamos pelo menos uma obra ao ano.
Por que não oferecemos oportunidade para nossos artistas a subir no palco e executarem
seus talentos e assim valorizar nossa cultura, nosso povo?
Será justo querer quebrar recordes de gastos dentro de uma comunidade que
sente falta de muitos anseios? Quantos projetos morrem no nascedouro!!!
Esperamos os balancetes que estimam em R$ 115.000,00 na tal festa social
e R$ 50.000,00 na queimadura de fogos.
Estimamos que as duas entidades (paróquia e associação) arrecadam em
torno de R$ 450.000,00 por ano, mas infelizmente não investem parte deste
dinheiro na comunidade.
A associação foi criada para representar e ajudar no desenvolvimento de
Morro do Ferro e seu papel atualmente só serve para big eventos. A igreja
deveria refletir a simples frase de Madre Tereza: “Mãos que ajudam são mais
sagradas do que lábios que rezam” e assim passar a zelar mais pela nossa
comunidade, deixando legados a cada ano.
Venha conhecer nosso Distrito fora da festa, irá perceber as fragilidades
do pouco que temos e assim entenderá o porquê estamos manifestando contrário,
cujas fotos confirmam parte do que estou narrando.
Até nos países desenvolvidos onde as administrações públicas prestam
ótimos serviços para seu povo, existem inúmeras entidades e igrejas que atuam
diretamente nos bens públicos, prestam belos serviços sociais.
Eta viva caro este!
PROJETO DA FESTA DE JUNHO DE MORRO DO FERRO. Um trabalho popular. “O MELHOR E MAIOR SÃO JOÃO DE MINAS”
Dedicatória:
Especialmente a todos os católicos que exercem seu papel de
cidadania na sociedade batistana, conforme um dos pronunciamentos de Madre
Tereza de Calcutá: “mãos que ajudam, são
mais sagradas que lábios que rezam”. Que nós sigamos os exemplos do
padroeiro São João Batista: Ele gritava no deserto, anunciando a chegada do
Salvador e denunciava o mal governo e a vida desregrada do rei Herodes.
Refletimos sobre o trecho que o Padre
Joãozinho compôs um hino ao mártir São Sebastião: “uma flecha não bastou para calar a sua voz”, por isso quando se tem
bons argumentos, não abandonem as lutas.
“Só há duas coisas infinitas: o Universo e a Estupidez
Humana,
mas não estou muito seguro da primeira. Da segunda, pode-se
observar como nos destruímos só para demonstrar quem pode mais”
Albert Einstein.
Meu lugar
Quando fecho os olhos, pensamento me faz viajar.
Vejo em sonhos e canções, meu querido lugar.
No impulso pego a estrada, desejando logo alcançar
minha terra, meu torrão, onde vou repousar.
Meu coração bate forte, os olhos marejam de emoção,
quando ao longe avisto as luzes no alto da serra dando a direção.
Na chegada São João complacente de braços erguidos a
abençoar quem chega, quem vai e quem passa pelo caminho quer sempre voltar.
Entre lendas e histórias, sentimentos, tradições.
Nossa vida é contada em poemas, canções.
Maldições que foram lançadas, mas a fé nunca foi
abalada.
Terra forte, abençoada, meu amor, minha vida.
Meu coração bate forte os olhos marejam de emoção,
quando ao longe avisto as luzes no alto da serra dando a direção. Na chegada
São João imponente de braços erguidos a abençoar quem chega, quem vai e quem
passa, pelo caminho começo a cantar: laia laia laia laia laia laia laia laia
laia laia laia.
Bruno Alexandre Rocha Silva
INTRODUÇÃO:
"Tropeiro, a
passo lento pela estrada, vai levando na bagagem, também sonhos e ilusões”
(Licurgo Leão Silveira), deixando aqui a imagem de São João Batista de Tábua e certamente
este gesto deu início às celebrações da festas religiosas em nosso distrito,
cuja construção do primeiro templo católico se deu em 1765. Mas, o santo
festejado era São Sebastião, conforme pesquisas. Já no início de 1900, as
festividades passa ser em honra aos santos juninos. No decorrer dos anos, São
João Batista foi ganhando espaço e começou atrair multidões rumo ao pequeno
distrito.
Apresentação deste trabalho em 28/10/2016, na Escola. |
Com a facilidade de locomoção, um
grande número de pessoas se dirigem ao centro urbano de nosso distrito. Este
crescimento de turistas, embora muito acima do normal (população 2.300, indo
para 10.000), ocorre por um curto período, ou seja: específicos nos dias 23 e
24, entre às 15 à 01h. Mesmo sendo num restrito intervalo, causam impactos que
comprometem o evento, as instalações públicas e privadas.
Este projeto, visa mais qualidade à nossa festa, saindo do improviso e
organizar de maneira técnica, amparado por leis e com a participação de todas
as repartições públicas que se faz necessárias, conforme os seguimentos.
“Morro do Ferro, vilazinha querida,
onde nasce, onde crescei, onde estudei” e cuidarei com muito carinho.
Seguindo esta parte do trecho do hino composto em 1968, por Licurgo Leão Silveira,
vejo que não podemos descuidar de nossa terra e assim, tomar providências a fim
de propor o equilíbrio do evento e o bem estar da população batistana e
romeiros. Portanto, é preciso que a forma de condução dos festejos seja revisto
pela comunidade e principalmente pelas comissões, amparados por leis e assim,
reunir com a sociedade, sob forma de Audiência Pública e conduzi-los os
debates. Devemos transformar os conhecimentos em atitudes e as orações em
ações, pois estás são os verdadeiros objetivos da evolução humana.
Não devemos trabalhar na busca de
recordes, para não afetar a continuidade e a sustentabilidade do grandioso
evento, que deve deixar bom legado em cada edição, permitindo a razão falar
pelo coração. Então, não sugerimos nada que comprometa as tradições, pelo
contrário: formulamos os aprimoramentos para que as manifestações não se percam
frente às mudanças que surgem com o modernismo, ressaltando que a festa não é a
mesma e nunca será.
Existe uma divisão no evento: setor religioso e área social. Ambos não
ocorreriam separados, pois estão entrelaçados. Com este afastamento, a parte
social fica sobrecarregada financeiramente, o que é possível de ser solucionado
sem comprometer as finanças da paróquia.
METODOLOGIAS:
Não foi uma tarefa difícil
elaborar este projeto, devido ter vivido e observado mais de quarenta festas de
junho. Todos nós vimos no decorrer destes anos, grandes transformações sem
nenhuma consulta à sociedade, quebrando assim a tão falada “tradição”, sem se
preocuparem com a pequenez de nossas infraestruturas, consumindo relevantes
quantias de dinheiro num setor e deixando outros a desejar. Ao escrever estas
propostas, preocupamos em ouvir e atender os desejos da população, observando
as legislações que garantam a realização, a segurança e a singularidade do
distrito. Percebemos que existem muitos “disse me disse”, falta de
conhecimentos, devido à inexistência de clareza, ocorrida por ausência de diálogo
entre os organizadores e a sociedade.
Está, é uma oportunidade que
surge para que todos possam opinar e participar da organização da maior festa
do distrito, atualmente conhecida como “O MELHOR E MAIOR SÃO JOÃO DE MINAS”.
Mas por que este título?
a)
O que é a festa representa para Morro do
Ferro?
b)
É a Fé do povo pelo padroeiro?
c)
Um acontecimento que mexe com a economia. Em
que sentido?
d)
Momento que o distrito se destaca nas
tradições e na fé. Como?
São muitos pontos de interrogação
que pairam no ar.
Quantas vezes, ao participar de
eventos fora de Morro do Ferro, vimos algo e imaginamos: como isso poderia
ocorrer em Morro do Ferro. Chegou a hora de todos mobilizar em favor de nossa
maior festa e sobretudo, pelo bem de nosso distrito.
Muitos esperam por mudanças,
apontam falhas, mas nunca pensa em agir e é exatamente por querer ô melhor para
nossa terra, que propomos este plano.
Para dar legitimidade a este trabalho, divulguemos nas redes sociais,
apresentei numa reunião aberta, realizada na Escola Estadual “São João
Batista”, no dia 28 de outubro de 2016. Publiquei uma matéria no jornal
Ocasional em dezembro de 2016, cujo título foi: “Festa de São João Batista - a
resenha de um projeto popular.” Após estas divulgações e contatos
intensificados com o público, o projeto recebeu mais indicações.
REFLEXÕES:
Nossa festa não é a mesma e nunca
será. Não iremos propor nada que comprometa as tradições, pelo contrário: vamos
apontar aprimoramentos para que nossa festa não se perca frente às mudanças que
surgiram com o modernismo. Mas, o que é e onde está a tradição?
É bom deixar claro que jamais
temos a intenção de dividir grupos ou substituí-los, apenas queremos somar, pedindo
abertura e a participação dos que desejarem. Temos que ter liberdade de opinar,
desde que essas venham para equilibrar entre os acontecimentos sem esbanjamento
de gastos, sem comprometimento das infraestruturas, evidenciando as belezas, a
fé e sobretudo respeitando e o meio ambiente. Com este planejamento, esperamos
poder celebrar a realização de um evento que atenda as regras básicas do
bem-estar de todos e respeitem os mandamentos da igreja católica e as leis.
Para ser bem sucedido, todo
evento deverá cumprir três etapas básicas: Antes,
Durante e Depois, mas sobretudo ser executado de forma aberta e
participativa. Quando organizar a etapa do Antes, o Durante ocorrerá suavemente
e o Depois terá maior aprovação da comunidade que dará prazer em ver o Legado deixado em cada edição.
Baseados nestes conceitos primários, abordaremos cada setor, a fim de ser
colocado em prática com uma programação sustentável. Todas as fases do evento,
precisa ser aberta ao público, assim todos terão direito, voz e o dever de ajudar
diretamente na organização.
ANTES DO EVENTO:
Este é o primeiro passo, que poderá dar sequência ou serem rejeitadas
derrubado pelos atuais organizadores ou por falta de adesão da sociedade. Se
aceito, iniciaremos pelo planejamento, captação de recursos a serem investidos
e o responsável por cada setor. Para melhor elaborar e executar os eventos,
abordamos a seguir cada tema.
É necessário que os órgãos responsáveis pela liberação dos Alvarás, tenha
ciência do espaço, das limitações e da grandiosidade do evento e para tanto não
se atenha apenas nos fatos narrados pelo requerente. Que o poder público
municipal busque restringir os locais que devem serem respeitados e apresentem
alternativas. Que a municipalidade participem ativamente dos acontecimentos
festivos.
Estes já são obtidos
principalmente com a Festa do Carros de Boi com o tradicional leilão, o que
deve ser feito um projeto separado, com a mesmo formato básico: Antes, Durante
e Depois. Mas como os recursos são direcionados e será que existem outros meios
de capitar mais dinheiro? Será que precisamos investir todo dinheiro arrecadado
e deixar de cuidar dos demais setores da comunidade?
Para obter uma arrecadação ainda maior e ajudar nas despesas do evento,
deve-se contratar pessoas, oferecendo um percentual x%, a fim de buscar
patrocínio, o qual serão exibidos no telão instalado na praça.
“DOMINGOS DE RAMOS”:
Ao participar (12/02/2017) dos
preparativos do lançamento da Campanha da Fraternidade, na diocese de
Divinópolis, sugeri que a Procissão de Ramos fosse transformada em Procissão de
Mudas, assim, ao término do evento religioso, os fiéis, com estímulo do vigário
e do poder público, plantará no local adequado. Será então inúmeras árvores que
irá embelezar a região e auxiliar na vida de todos nós, gerando: sombra,
alimentos, abrigos, ar puro, água, etc.
FESTA DO CARRO DE BOI:
O principal evento que arrecada dinheiro para execução da festa do
padroeiro é a Festa do Carro de Boi – Sugerimos que o desfile dos Carros de
boi, ocorram na manhã de domingo, pois, o que importa não é quantidade e sim
qualidade. Assim os visitantes poderão participar da missa, do almoço e do
leilão. Outro ponto que deve ser atendido é o recolhimento das fezes dos
animais e o lixo durante o desfile e no dia seguinte proceder a lavagem das
ruas. É bom lembrar que este acontecimento possuem Animais como atração
principal, então estes merecem serem tratados com carinho, sob supervisão de
veterinários e/ou ONGs específicas.
SETOR RELIGIOSO:
MISSAS:
Embora seja atribuição do vigário, podemos propor que
os eventos religiosos seja mais participativo e valorizado.
|
Sugerimos que
seja celebradas duas missas nos dias 25 e 26.
PROCISSÃO:
Algumas pessoas disseram que as procissões é um acontecimento que não
aparece na festa. Bom, neste caso, não encontramos algo que possa ser indicado,
mas vale a pena refletir.
ANDOR DE SÃO JOÃO:
Você já ajudou a conduzir São
João Batista na procissão? Se a reposta for NÃO, então por que? Obviamente você
dirá que é devido seu peso, que possivelmente gira em torno de 350 kg (andor,
imagem e decoração). Segundo nos disseram, só de água embebida nos florais em 2017, foi 250 litros.
Alguns defendem que o peso do
andor é uma forma de sacrifício, uma promessa. Não sejamos egoístas, pensemos
então naqueles que não tem condições de participar deste momento de devoção,
mas são excluídos devido suas limitações físicas, altura e deficiências. Imaginamos
que todos devem serem tratados com igualdade pela igreja.
Para facilitar e que todas tenha
condições de participar deste momento de fé e devoção ao santo padroeiro, propomos
a construção de um andor de rodas. É um carrinho de aproximadamente 1,60m de
altura, quatro pneus (tipo carrinho de mão ou roda de bicicleta, moto), barra
nas laterais, etc. Assim sendo, até uma criança, um cadeirante, um velhinho
terá oportunidade de cumprir seus desejos. Neste andor de rodas, além de
transportar São João, poderá instalar um cofre, caixa de som, baterias para
iluminação, etc.
a)
O cofre facilitará para que os fiéis
contribua mesmo durante a procissão, diminuindo a fila do beijo no interior da
igreja que é extensa.
b)
Caixa de Som – utilizando um microfone sem
fio, facilitará o vigário na condução da procissão e nas orações durante o
percurso, além de poder tocar hinos religiosos, observando para não interferir
nas músicas da Lira Batistana.
c)
Baterias e Iluminação – enfeite que foi
banido devido ao peso do andor e da imagem.
SERMÃO DE SÃO JOÃO:
Voltar a proferir o sermão e assim exaltar a vida de nosso padroeiro, fazer
referência ao cotidiano. Enquanto os fiéis veneram a imagem no adro da matriz e
depositam suas contribuições.
FOGOS DE ARTIFÍCIOS:
Uma tradição que faz parte dos festejos, sendo assim indispensável no
evento, mas já caracterizam excessos de gastos, como foi mencionado no dossiê.
“O espetáculo pirotécnico da Festa de S. João Batista em Morro do Ferro
é uma tradição amplamente reconhecida e apreciada por todos, dada a apoteose do
seu fulgor, que hoje supera o evento similar realizado na passagem do Ano Novo
no Rio de Janeiro.” (HCO, 2011).
Obs.: HCO –História Contemporânea
de Oliveira. Livro de Márcio Almeida e João Bosco Ribeiro. 1961/2011.
Mas, as dúvidas são inúmeras e
querer vangloriar essa disputa entre um distrito com uma capital, é no mínimo
um descaso com a realidade local:
a)
Quem determina a quantidade dos fogos?
b)
Qual o valor queimado e os gatos com o específico
projeto dos fogos?
c)
Quem financia?
d)
Qual a frase empregada para pedir os
bezerros e prendas do leilão?
e)
De fato é obedecido as desejos do doador?
f)
Então deveria marcar cada bezerro com uma
letra “F” de foguetes. Assim teria um controle na quantidade a ser queimado.
g)
Mas, e se apenas 10 ou 150 (média conseguida
de 180 animais) impor que sua doação é para os fogos?
h)
Imaginem no decorrer dos anos, quanto de
dinheiro viraram fumaça?
i)
Será que alguém teria coragem, no ato da
queima, anunciar o valor gasto?
Será que é correto queimar 15 minutos de fogos e deixar outros setores da
festa desassistidos? Isso deveria ser reduzido para 1/3 (cinco minutos) e
consequentemente o custo cairá e deveria ser empregado em algum seguimento da
festa e/ou nas infraestruturas comunitárias, tais como: fonte de São João,
Chafariz no adro da igreja Matriz, São Comunitário, construção de dois cômodos
debaixo do adro da igreja matriz, etc.
CASCATA PIROTÉCNICA:
Devido ô local onde queimam a cascata pirotécnica de São João e outros
santos celebrados, estarem abaixo do nível do adro da igreja, apenas as pessoas
que ficam na frente tem o privilégio de assistirem a descerramento da estampa
do homenageado. Sugerimos que a base do quadro, seja instalado há 6 metros de
altura, pois assim poderá ser visto por todos que se encontram nas mediações.
ALVORADA:
Acontecimento marcante da Lira Batistana, que percorre algumas ruas do
distrito, na madrugada do dia 24, finalizando com um saboroso café comunitário.
CONFETES:
Ainda é possível encontrar papel
metálico, seis meses após serem lançados da torre da igreja, quando a imagem de
São João Batista chega da procissão, na noite de 24/06. Estes confetes são
papel laminados que levam de 100 a 500 anos para se decomporem. Transportados pelo
vento, estes objetos atingem até 5 km da ponto de lançamento. Com isso temos
claramente a poluição ambiental de nossa região, podendo até causar a morte de
animais que o ingerir.
Caso queiram lançar confetes, que estes sejam de papel comum, multicor.
Também temos outras opções: bolinha de sabão, fumaça de cheiro, fumaça
colorida, jogos de luz. Na abertura da festa que ocorre às 11h do dia 23, uma
dessas manifestação ficará legal.
FOGUEIRAS:
Fazendo coro às inúmeras
Campanhas da Fraternidade que a igreja católica tem lançada cujos temas são
direcionados ao cuidados com o Meio Ambiente, o projeto elaborado em 2009 e
aperfeiçoado no decorrer dos anos que rejeitaram, possuem sete laudos técnicos,
carta da CNBB/Brasília, apoio total dos órgãos do setor e da imprensa. Para
este ano de 2017, a CF terá como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e
defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”, o que é uma
continuidade do movimento lançado na CF do ano passado.
Vemos com surpresa uma justificativa que vão contra os princípios legais,
imoral e mentiroso, afrontando uma comunidade sangrada por tantas atrocidades
ambientais. Veja a publicação contida no dossiê:
“Segundo os entrevistados, por consenso, trata-se de lenha comum,
recolhida na Fazenda Batalha, cujas fogueiras são montadas, atualmente, por
Jerônimo Guido Pio e seus filhos. Darcy Andrade resgata que “a madeira branca
das fogueiras é doada pelos bisnetos do coronel Andrade, retirada por um grupo
de lavradores da região do Corredor, liderados por Clemente de Paula. A doação
da lenha das fogueiras faz parte da tradição da família Andrade.”
Estas devem ser ecológicas
(eucaliptos) e poderíamos construir uma no último dia, e assim, com a calmaria
do final de festa, possamos confraternizar. Devemos solicitar o apoio do
CODEMA, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, IEF, etc.
Será que ainda vão continuar denegrindo a imagem da nossa paróquia?
CINZAS DAS FOGUEIRAS:
Deve ser aproveitado para adubar as plantas de nosso jardim, formação de
mudas, etc. Quem sabe até ser vendida em pacotes de 500 gramas (enriquecida com
casca de ovos abundante nas fábricas de biscoitos, borra de café, etc.) como: “Adubo
São João.” Além de alimentar as plantas com produto orgânico, também
fortalecerá a crença dos devotos.
Também sugerimos que parte das cinzas deve ser guardada (caso transforme
a procissão de Ramos em procissão de Mudas) para ser utilizada na missa de
Quarta-feira de cinzas.
GRUTA E ÁGUA DE SÃO JOÃO:
Incentivar a tradição, mas fazer
análise da água e caso dê imprópria para uso humano, divulgar e buscar
encontrar alternativas.
Colocar segurança na madrugado do dia 24, momento em que muitos fiéis vão
ao local.
LIRA BATISTANA:
Valorizar essa corporação musical fundada em 1892, que é formada por
nossa gente, tal como valorizamos uma banda que cantam duas horas no palco e
leva uma quantia enorme de dinheiro, perante as apresentações de nossa lira.
TELÃO E SOM:
Na porta da igreja, para transmissão dos atos litúrgicos, sermões, etc.
Este som poderá ser duas caixas amplificadas que ficará permanente colocadas
nas duas janelas frontais da igreja.
TRANSMISSÃO FM:
Na década de 90, os atos litúrgicos eram transmitido pelo sistema FM,
onde as residências da região podia acompanhar as celebrações, além dos avisos
de utilidade pública e oferecimento de música nas horas que não ocorria atos
religiosos. Existe um canal liberado pela ANATEL, de uma Rádio Cultural FM
Batistana, então seria uma boa oportunidade para o retorno deste serviço que
agradava a todos.
Este setor
corresponde os seguimentos que não ocorrem no interior da igreja e sim nas ruas
do distrito, embora um completa ou outro. Sendo assim, a exclusão ou a má
condução de alguns deles, afeta a qualidade e a segurança do evento.
|
PR
PRAÇA CORONEL JOSÉ MACHADO:
Ao tomar essa dimensão, a referida praça não comporta a multidão, comprometendo
a segurança dos frequentadores e até as plantas do jardim – nosso Cartão Postal.
Assim propomos uma reparação, uma análise mais profunda, onde possamos dedicar
melhor aos acontecimentos. Decentralizar o movimento, expandir os espaços das
barracas pode ser uma das soluções para que as famílias votem a participar dos
eventos de rua.
ILUMINAÇÃO:
Especial na área das barracas de alimentação, pois é um local muito
escuro e de intenso movimento.
JARDIM:
Devemos ter atenção aos canteiros de nossos jardins para que ninguém
pisoteie e monte algo na grama (barraca, mesa, churrasqueira, etc.). Isto poderá
ser solucionado com aparato natural, conhecido como cerca viva (já existem
pingo de ouro em alguns trechos). Até fechar por completo, deve-se ser instaladas
cerca artificial e instruir os seguranças para reprimir os que ocupam locais
indevidos. Uma das sugestões é esticar cordas com bandeirinhas, propagandas e
com desenhos escolares alusivo há algum tema morroferrense.
LEI ROUANET e/ou FEC:
Fazer projeto para a Lei Rouanet e/ou FEC (Fundo Estadual da Cultura) a
fim de financiar os shows e outras atrações públicas. Ambos deverão contar com
o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Oliveira. Teríamos uma
considerável economia financeira.
SHOWS:
No passado, cada barraca exibia
suas atrativas apresentações e dispunha de local para os clientes assentarem,
bater papo e curtir. Muitos lembram do Gote com a sanfona na barraca do
Claudinho, o toca disco na barraca do Dú, o Jaburu num canto, etc. Era uma festa familiar.
Introduziram os shows em 2012,
que nos anos seguintes foram assumidos pela Associação Comunitária “São João
Batista”, fugindo assim do seu verdadeiro papel de prestação de serviços à
sociedade, conforme estatuto, cujos recursos das subvenções municipais e outras
arrecadações são consumidos nestes eventos, além de arcar altas dívidas.
Só numa noite de 24 de junho de
2013, foram empregados nada menos que R$ 25.500.00 ((19.500,00 para a banda de
Divinópolis e 6 mil com gerador elétrico, além de outros gastos), fora a queima
dos foguetes. Transformaram a festa religiosa em mais um “carnaval” com ritmos
vulgares, incitando a violência, apresentados numa praça comprovadamente
insuficiente para comportar grandes aglomerações.
Deveria ser shows característicos
com a época e ofereçam espaço e condições para exibições de eventos culturais.
Apresentamos sete alternativas.
a)
Shows para o Parque de Exposições.
b)
Levar o Evento para o Campo do Aliança.
Para tal, estes locais (a ou b) devem estar devidamente preparados para atender os
frequentadores e cumprir exigências do Corpo de Bombeiro, da Policia Militar, etc.
Permitir a montagem de barracas de alimentação e procurar fazer algum evento
durante o dia.
Sendo assim, obedecerá o mesmo
cronograma (Antes, Durante de Depois) deve ser obedecido.
Poderemos cobrar um quilo de
alimento não perecível (neste caso, fazer parceria com instituições – ACOM,
APAE, VICENTINOS, AZILOS, etc. - e que as mesmas ficam responsáveis pelo
recolhimento dos donativos). Veja que bacana: festa de Morro do Ferro contribui
com “X” alimentos para a instituição, o que será um grande legado. Instalar
ponto de vendas (caminhão baú, por exemplo) de alimentos próximo ao local do
show, onde o lucro da venda destes produtos serão divididos para a parte
religiosa e social da festa. Oferecer espaço para barracas na rua em direção ao
evento e no respectivo local.
c)
Reposicionar o palco de modo que fique de
frente para a igreja matriz, liberando a extremidade do área. Assim, parte das
barracas deverão serem instaladas do lado direito do palco e descendo a Avenida
Waldemar Fernal. Como a posição passa nesta rua, devem então permitir apenas
barracas que não vedem bebidas alcoólicas. Lembramos que o palco possui 8x10
metros de frente.
d)
Não instalar barracas no passei do jardim,
lateral do palco. Assim abriremos mais espaço para os shows, contudo devem
instalar obstáculos para que não ocupem o gramado do jardim.
e)
Montar o palco mais ao fundo da área,
próxima à arvore de manga. Assim o trânsito fica fechado e desviado.
f)
Deixar apenas o palco próximo à mangueia e a
área (largo) totalmente livre.
g)
Transferir os grandes Shows para uma data
fora do calendário junino, no parque de exposições e lá cobrar o ingresso e
assim salvar o dinheiro gasto.
h)
Caso nenhuma dessas sugestões sejam aceitas,
então continuemos como já fazem e assim correndo os eminentes riscos, não
teremos condições de contribuir com as entidades acima mencionadas, deteriorar
nosso jardim e não permitirem que famílias marquem presença na parte social.
VIRADA DIA 23/24:
Algumas pessoas defendem que a Hora da Virada é um evento extremamente
religioso e por isso não combina com o ambiente onde se acontece, pois é
destinado ao social, onde ocorrem os shows, barracas, venda de bebidas alcoólicas.
Quem sabe não se realiza no adro da igreja?
PALCO INTERATIVO, TELÃO E SOM NA PRAÇA:
Para atender a quadrilha, Hora da Virada, exibição de peças teatrais e
culturais, contador de causos, mensagens educativas - nos principais dias de
festa. Serão exibidos os trabalhos prestados pelas entidades que possivelmente
receberão os alimentos dos shows. A fim de valorizar nossa terra, também
exibirá nossas belezas, campanhas educativas, avisos de utilidade pública, etc.
QUADRILHA:
Atualmente é realizada no dia 22, o que deveria estender para os dias
principais da festa – 23 e 24, podendo assim seguir um cronograma: dia 22 o
namoro, dia 23 o noivado e dia 24 o casamento, muito bem encenado pelos
artistas da terra: Antônio Elias, Rozovete e Silvana.
SEGURANÇA:
Melhorar a segurança e patrulhar as demais ruas. Atenção em alguns pontos
de ruas por onde passam a procissão, Gruta de São João. Caso necessário;
instalar placas proibitivas de estacionar ou manter fiscalização em pontos
cruciais.
BARRACAS:
Nenhuma barraca deve ser montada no passeio lateral do jardim (lado
direito e esquerdo), pois assim todos terão condições de apreciarem nosso
cartão postal. Apenas permitir montagem de vendas no passeio, sem nenhuma estruturas
física, como varal, balões, etc.
a)
Estipular preço justo pelo espaço ocupado,
que deverá ser pago antecipado mediante boleto bancário. Isso evitará possíveis
calotes e garantirá a lisura da gestão.
b)
Enformar antecipadamente sobre as determinações
do corpo de bombeiros e vigilância sanitária. Que todas coloquem duas lixeiras (lixo
molhado e lixo seco) e um cartaz anunciando: Temos lixeira.
c)
Facilitar e incentivar para que as pessoas
de nosso distrito possam colocar barracas. Assim estaremos contribuindo para
que mais dinheiro fique em nossa comunidade.
d)
Oferecer banheiros e banhos 24 horas e de
graça a estes trabalhadores.
Montar uma barraca com produtos alimentícios produzidos em nossa terra, tais
como: biscoitos, cachaça, doces, etc., além de comida e bebida juninas. Artesanatos
que lembram nossa terra, como: São João Batista de Tábua, bordar toalhas com a
fachada da igreja matriz e capelinha. Prestação de serviços como: achados e
perdidos, avisos públicos, etc. Essa barraca poderá ser decorada com fotos dos
pontos turísticos naturais da região, tiradas pelos batistanos Saulo
Guglielmelli e Piter Matos, tais como: voçorocas, cachoeiras, pedras, capelinha,
etc.
BANHEIROS:
Limpeza impecável nos quatro pontos de banheiros (coreto, contêineres,
praça de esportes e torre de telefone). Importante salientar que já não podemos
contar com os 8 chuveiros existentes na praça, que após a reforma, foram
reduzidos para dois (01 masculino e outro feminino). É preciso rever este
problema.
LIXEIRAS:
Espalhar lixeiras e recolher o
lixo durante o evento com carrinho, além da limpeza geral pela manhã de cada
dia, sendo que o reciclado deverá ser devidamente separado e encaminhado.
No final das saídas dos locais de praça (barracas) de alimentação, também
devem colocar lixeiras.
LIXO RECICLÁVEL:
Construir um carroção para recolher estes materiais diariamente e
depositar no local adequado.
LIMPEZA:
Jogar água e desinfetante nas ruas, e quem sabe nas manhãs de cada dia de
festa. Isso oferece conforto aos visitantes e demonstra o carinho para com os
festejos e o lugar.
ESTACIONAMENTO:
No campo do Aliança, caso não tenha shows lá, ou então, procurar outro
local para estacionamento. Neste caso fazer ampla divulgação e proibir
estacionar em pontos que prejudiquem o ir e vir e a passagem da procissão de São
João Batista.
FAIXAS:
Fixar algumas faixas desejando boas-vindas e outras citações, além da
faixa que instalam na entrada do distrito.
MANTER OU ATÉ MELHORAR:
Vistoria pela Vigilância Sanitária nas barracas de alimentação, Posto de
Saúde, Brigadistas e Ambulância nestes dias de aglomeração.
DURANTE A FESTA:
Montar um ponto onde concentrarão toda organização, informação, colher
sugestões e fiscalização, dessa forma, ficaremos atentos aos improvisos que
ocorram e as soluções. Podendo ser na Barraca de Morro do Ferro.
DEPOIS DO EVENTO:
Prestação de contas, apontar e anotar as falhas e possíveis correções.
LEGADO DO EVENTO:
Com este planejamento, esperamos
poder comemorar a realização de um evento que acatou as regras básicas do
bem-estar, equilibrando gastos e atendendo as necessidades humanas, respeitando
os demais seres vivos.
As sobras dos recursos serão investidos na paróquia e nas infraestruturas
do distrito e ampla divulgação para que todos possam dizer: Valeu a pena
modernizar.
SUGESTÕES:
presentaremos algumas sugestões que também serão
úteis no dia-a-dia de nossa comunidade. É preciso que todos encontrem estímulo
para expressarem suas ideias e ao mesmo tempo as portas abertas para ajudarem
na sua implantação.
|
H
HOLOFOTES FRONTAL DA MATRIZ:
Mudar o local do poste e trocar a cor das respectivas lâmpadas que
iluminam a fachada da igreja e do jardim. O poste está jogando o foco direto no
altar, o que prejudica a visão, os registros fotográficos e filmagens. A
sugestão da substituição da cor das lâmpadas é para diferenciar com a coloração
da iluminação de rua e assim dar evidência ao jardim e fachada da igreja.
Também, instalar um poste no final dos canteiros do jardim, a fim de iluminar o
“largo”.
CHAFARIZ DE SÃO JOÃO:
Localizado no adro da igreja. Devido ocupar espaço estratégico e possuir
sérios problemas de execução, refaze-lo na escadaria do jardim.
SANTUÁRIO DE SÃO JOÃO BATISTA:
Sugestão do padre José Júlio, sendo acatado pelo vigário padre Jailson.
Valorização de nossa paróquia e comunidade, trazendo turistas o ano todo. Criar
espaço para os romeiros.
CAPELA DAS VELAS:
Uma festa grandiosa como a de São João e o desejo de se transformar em
Santuário, é hora de planejar a Capela das Velas e assim os devotos poderão
cumprir seus desejos.
SALÃO COMUNITÁRIO “Dona Neném Resende”:
Atenção ao prédio inaugurado em 25 de agosto de 1984. Ele sempre serviu à
comunidade, principalmente a paróquia e a prefeitura, encontra-se em estado
precário. Iniciando em janeiro, a Diocese conseguiu direito de cessão de uso do
prédio por 20 anos, ou seja: até dezembro de 2037, sendo assim assumindo toda
responsabilidade de conservação e manutenção.
GRUTA DE SÃO JOÃO:
Embora não conheço, existe um projeto para este local. Quem sabe furar a
rocha em forma de gruta?
CAPELINHA:
Verificar as condições de acesso
à Capela de Nossa Senhora de Lourdes, instalar lixeiras, testar a iluminação,
etc. Este local também recebe visitas durante os dias de festas.
BEBEDOURO NA PRAÇA:
Atualmente, é montado um
tanquinho ligado à rede de água e esgoto do SAAE, para saciar a sede das
pessoas na festa.
Construir um bebedouro permanente na praça (quatro torneiras), com
arquitetura específica que nos remetem algo ligado à nossa terra.
CONSTRUÇÃO:
Um cômodo (almoxarifado, garagem, etc.) debaixo do adro da igreja, com
aproximadamente 20x8m e pé direito de 2 metros, podendo ser rebaixado. Então,
este poderia ser dividido, atendendo as necessidades da paróquia e do poder
público municipal.
ASSOCIAÇÃO
COMUNITÁRIA “SÃO JOÃO BATISTA”:
Desejamos que essa nova diretoria, não seja um instrumento direcionado
apenas na realização de festas, pois são várias as necessidades de nossa
comunidade, cujo estatuto da ONG (fundada em 1982) é completamente amplo. Que
as subvenções do município contemple elaboração e até firme parcerias na
execuções de projetos baistanos.
CONCLUSÕES:
Estas e outras propostas serão um desafio, porque já
conhecemos o resultado e a fórmula do velho, no entanto está pautado em regras
completamente possíveis e necessárias de serem implementadas com sucesso. Para
tal, sabemos que necessitam contar com o apoio do Pároco, da Associação
Comunitária São João Batista, da Administração Distrital, Prefeitura, Câmara de
Vereadores, Judiciário e demais autoridades e sobretudo da comunidade,
mostrando zelo pela nossa terra, o que servirá de referência para demais manifestações
populares no distrito.
Lembramos que não devemos medir
os gastos na execução de nenhum setor do evento, para que ocorra dentro das
leis e do respeito com a comunidade e aos visitantes. Neste sentido, devem
observar o máximo e mostrar zelo pela nossa terra, cumprindo os bons
ensinamentos de nossa igreja e dos conhecimentos adquiridos no decorrer de
nossas vidas.
Caso queira colocar em prática
este projeto, é necessário distribuir cuidadosamente as tarefas, conforme a
capacidade de cada cidadão.
Esperamos contribuir com o
lançamento deste projeto a fim de sair da mesmice e provocar diálogo com
transparência, respeito e responsabilidade na condução da Festa de Junho, o que
servirá de referência para outros festejos morroferrenses e demais localidades.
Este
projeto estará sujeitos à alterações, conforme sugestões e demanda da
comunidade.
Ildeano Silva
Avenida José Silveira, nº 118
CEP: 35-541.000
Morro do Ferro/MG.
Fone/Zap: (37) 99954-5908
E-mail: ildeanoss@gmail.com
Face: ildeanosilva
Blog: ildeano.blogspot.com
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